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Sporting nega influência no futebol e apoia agravamento de penas sugerido pela APAF

Frederico Varandas, presidente do Sporting
Frederico Varandas, presidente do SportingGUALTER FATIA / GETTY IMAGES EUROPE / GETTY IMAGES VIA AFP

O presidente do Sporting negou na sexta-feira a existência de um manto verde de influência no futebol português e manifestou concordância com a proposta de agravamento do Regulamento Disciplinar da Liga de clubes sugerido pela associação de árbitros (APAF).

Em Leiria, na 43.ª edição da Gala Rugidos de Leão, Frederico Varandas elencou longamente situações em que o Sporting foi prejudicado e os adversários diretos foram beneficiados, ou outras questões recentes, como o canto que deu o golo nos Açores sobre o Santa Clara ou a final da Taça de Portugal da época anterior, que os leões ganharam ao Benfica.

“Como homem de ciência que sou, prefiro sempre a realidade a qualquer que seja a perceção”, disse, considerando que “o manto verde de que se fala” é consequência dos sucessos desportivos alcançados pelo Sporting na últimas épocas, lembrando que bicampeonato conquistado na época passada “tinha mexido muito com o panorama do futebol português”.

Em Leiria, Frederico Varandas lembrou que o Sporting apoiou os atuais órgãos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga de clubes, “porque são pessoas sérias e íntegras”.

Contudo, lamentou as reações ao golo de Hjulmand, nos Açores, que deu a vitória (2-1) aos leões frente ao Santa Clara, na 11.ª jornada da Liga, já no período de descontos, na sequência de um pontapé de canto que, reconheceu, foi mal assinalado.

“Se (os órgãos da FPF e Liga) não têm arcaboiço para aguentar uma propaganda que a FPF e a Liga sabem que é falsa, que não há manto nenhum - nunca liguei a ninguém nem sei qual o árbitro do nosso próximo jogo -, desistam, que não têm vida para isto”, criticou.

Em contraponto, o líder sportinguista elogiou o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, Luciano Gonçalves: 

“Fiquei muito aliviado, fiquei feliz por ver um presidente do CA com coragem, a dizer que nunca mais vão permitir que práticas do passado voltem a condicionar árbitros. Vi um CA a proteger os seus árbitros”, assinalou, manifestando que “o Sporting está 200%" de acordo com a intenção da APAF de agravar as punições aos clubes: “Puna-se a doer, seja Benfica, seja Porto, seja Sporting”.

Por outro lado, Varandas pediu aos cerca de 1.500 apoiantes presentes no evento para se juntarem à luta pelo tricampeonato leonino.

“Lutem connosco. Lutem com o orgulho e com a alegria de vocês pertencerem ao melhor Sporting que já viram na vossa vida”, lançou.

Na 43.ª edição dos Rugidos do Leão foram premiados Rui Borges e Morten Hjulmand (futebol), Patrícia Silva (atletismo), Henrique Magalhães (hóquei em patins), André Kristensen (andebol), Edson Valencia (voleibol), Diogo Cardoso (natação), Luís Santos (ginástica), João Almeida (ténis de mesa), Tomás Paçó (futsal), Vasco Matos (dirigente do ano), Maria de Jesus (academia), Ilídia Teles (funcionária do clube), Nuno Lourenço (sócio do ano) e Jubas (figura leonina).

Houve ainda homenagens a Aurélio Pereira, José Carlos e à equipa de hóquei em patins, que recebeu as faixas da conquista do primeiro Mundial de clubes.