Recorde as incidências da partida

Bruno Lage sabia, de antemão, que teria de fazer uma alteração na defesa, devido ao castigo de Álvaro Carreras, mas o treinador das águias mexeu o mínimo possível em relação ao onze que iniciou o último jogo do campeonato, marcado pela goleada caseira frente ao AFS.
Florentino regressou ao onze, juntando-se a Kökçü e Aursnes no miolo, com Dahl a ser reposicionado para a lateral. Ou seja, não mexer muito, para não estragar aquilo que vinha a ser bem feito nos últimos jogos.

Simples e eficaz
Com a montanha-russa de emoções que tem sido este campeonato, o Benfica estava consciente de que não podia facilitar na Amoreira — e não demorou a mostrar que tinha a lição bem estudada para enfrentar um adversário em crescendo.
A primeira oportunidade surgiu logo aos cinco minutos, altura em que Aursnes não conseguiu concretizar perante Robles, num lance que já fazia adivinhar o que estava para acontecer. Dois minutos depois, surgiu a vantagem. Um lance muito simples: a bola saiu de Trubin, passou rapidamente por Otamendi, Pavlidis, Aktürkoglu e Kökçü, até chegar a Aursnes, que, desta vez, não perdoou.
O golo reforçou a confiança das águias, que mantiveram a pressão alta, sobretudo sobre os dois médios dos canarinhos (Jandro e Zanocelo), o que dificultou bastante o jogo curto do Estoril. A equipa da casa só conseguia algumas saídas pelo corredor direito, onde apareciam Pedro Carvalho e João Carvalho.
Se o cenário já não era animador para a equipa da casa, tudo se complicou ainda mais à passagem do minuto 36. Cruzamento perfeito de Dahl na cobrança de um livre lateral e cabeceamento impecável — e certeiro — do capitão Otamendi.
Trubin, herói e vilão
Muitas vezes se diz, no futebol, que o 2-0 é o resultado mais perigoso — devido à possibilidade de a equipa em desvantagem marcar um golo, ganhar ânimo e rapidamente chegar ao empate. Pois bem, esse cenário esteve perto de se concretizar... primeiro travado por Trubin, mas depois alimentado pelo próprio guarda-redes, que acabaria por ajudar a alimentar a esperança estorilista.

Após uma excelente entrada dos canarinhos no segundo tempo, o Estoril foi subindo no terreno, aproximando-se da área encarnada, até que, aos 65 minutos, João Carvalho descobriu Begraoui, que foi derrubado por Otamendi dentro da área. O lance resultou numa grande penalidade para a equipa da casa. E foi aí que entrou em ação o guarda-redes ucraniano.
Chamado a converter, Begraoui não conseguiu bater Trubin e, na recarga, Zanocelo atirou por cima, com a bola a rasar o travessão. Um lance que provocou um festejo efusivo por parte de Bruno Lage, consciente da importância daquele instante no desenrolar do encontro. Mas o alívio foi apenas momentâneo.
Aos 78 minutos, Zanocelo redimiu-se e reduziu a desvantagem para 1-2, num lance em que Trubin ficou muito mal na fotografia. O Estoril relançava assim o jogo e os encarnados viam-se novamente obrigados a gerir a vantagem até ao apito final. Missão cumprida.
Com este resultado, e ainda com o Sporting por disputar o seu jogo, tudo indica que o título será mesmo decidido na próxima semana, no Estádio da Luz, quando os dois rivais de Lisboa se defrontarem.
Homem do jogo Flashscore: Otamendi (Benfica)
