Recorde aqui as incidências do encontro
A jornada anterior foi de sortes diferentes para as duas equipas que, ainda assim, coincidiram no número de alterações. Ian Cathro trocou Ricard Sánchez por Pedro Álvaro na defesa e deixou de fora da ficha de jogo - de forma algo surpreendente - o marcador do tento da vitória sobre o SC Braga, André Lacximicant, rendido por Alejandro Marquès. Por seu lado, Custódio mexeu no ataque ao colocar Sandro Lima e Nuozzi por Marezi e Figueiredo.

Ventos da sorte...
Como já terá dado para perceber, o vento influenciou muito a partida na Amoreira, dando algum alento aos alverquenses na primeira parte, já que jogavam a favor do mesmo. O Estoril até entrou bem, mas foram mesmo os ribatejanos a criar o primeiro lance de perigo, num remate muito traiçoeiro de Lincoln para uma defesa de alto nível de Robles. Pouco depois, o brasileiro lançou Chissumba na profundidade, o jovem beneficiou da atrapalhação de Pedro Álvaro, entrou na área e, com tudo para fazer o golo, atirou com o pior pé por cima da trave.
O duelo entrou numa toada mais calma junto das duas balizas, mas algo caótica a nível de controlo e no miolo. Depois de uma série de perdas de bola de ambos os lados, um passe escusado de Lincoln foi intercetado e permitiu aos canarinhos atacarem pelo flanco direito. Com espaço, João Carvalho tentou um cruzamento-remate que Meupiyou tentou intercetar e acabou a desviar para a própria baliza, traindo André Gomes, aos 36 minutos.
Sem hipótse de responder, o Alverca acabou por sofrer o segundo golo, em mais um lance em que os estorilistas foram bafejados pela sorte. Num livre lateral estudado, Rafik Guitane tentou arranjar espaço dentro de área, foi incomodado quando preparava o remate e acabou por fazer um passe picado sem intencionalidade para uma desmarcação impecável de Begraoui que não perdoou na cara do guardião, aos 43'. A sorte em lances capitais ditava a vantagem ao intervalo.
... ou maré de azar?
A turma de Custódio precisava de algo diferente para a segunda parte e voltou dos balneários com Marezi em vez de Nuozzi, com o avançado a ver de perto o companheiro Sandro Lima a rematar em boa posição para defesa fácil de Robles, logo 14 segundos após o reatamento. No entanto, a resposta foi demolidora. Numa boa combinação sobre o lado esquerdo, Begraoui conduziu do canto da área até à zona central, onde preparou um míssil que só parou no ângulo superior da baliza (47').
O Alverca ficou atarantado com o bis do marroquino e quando se tentava levantar levou dois golpes de seguida, numa sequência que colocou em causa a dureza da lei de Murphy e os seus corolários. Um contra-ataque do lado esquerdo terminou com um cruzamento rasteiro de João Carvalho que Marqués não conseguiu finalizar e o esférico desviou nos pés de Meupiyou, que voltou a trair André Gomes (61'). Logo a seguir, Marezi saiu lesionado ao fim de apenas 15 minutos em campo.
Como consolação, o momento de honra para os ribatejanos surgiu pouco depois, quando Alex Amorim - destaque da equipa que pode sair neste mercado de inverno - decidiu resolver o assunto com os próprios pés, arrancou para cima da defesa, puxou para o pé direito e desferiu um potente remate ao ângulo da baliza, sem hipóteses para Joel Robles.
Até ao apito final, houve ainda uma oportunidade para cada lado, a primeira com Robles a fechar bem o ângulo de remate a Tiago Leite e, do outro lado, André Gomes a ter a oportunidade de brilhar ao travar o remate forte e à queima-roupa o recém-entrado Peixinho. Com este resultado, os estorilistas sobem ao nono lugar, enquanto o Alverca cai para o 12.º posto.
Melhor em campo Flashscore: Yannis Begraoui (Estoril).

