A atravessar um momento menos positivo, com três derrotas consecutivas, o Arouca entrou em campo com os mesmos 11 que perderam no Estoril. Um sinal de confiança de Armando Evangelista.
Já o Chaves fez duas mudanças em relação ao conjunto que bateu o Paços de Ferreira. Obiora e Abass deram lugar a Guima e João Correia.
Europa e Orgulho
À entrada para as duas últimas jornadas da Liga, Arouca e Chaves estavam no sexto e sétimo lugar, separados por dois pontos. Poder-se-ia dizer que se tratava de uma espécie de final europeia, não fosse o caso dos flavienses terem anunciado que não tinham entrado com o processo de licenciamento para as provas continentais e, como tal, estavam automaticamente excluídos da luta.
Assim sendo, o Arouca precisava apenas de um ponto para garantir o regresso à Europa, o Chaves jogava pelo orgulho e as duas equipas tiveram uma primeira parte entretida e bem disputada, onde só faltou o golo.
Rafa Mújica e Sylla viram Paulo Vítor segurar os respetivos remates, Antony tentou finalizar de primeira após um cruzamento vindo da direita, mas errou o alvo. No lado contrário, Arruabarrena mostrou o porquê de estar a ser uma das grandes figuras desta edição da Liga e brilhou com duas defesas a remates de Héctor Hernández e João Correia.
Reveja aqui as principais incidências da Liga
Foi já em tempo de compensação que surgiu a melhor oportunidade de golo. Alertado pelo VAR, Gustavo Correia foi visualizar um pisão de Antony sobre João Correia. Confirmou o penálti que Steven Vitória se encaminhou para marcar. Contudo, o internacional canadiano não enquadrou o remate com a baliza e tudo seguiu empatado para o intervalo.
Castigo máximo
O Arouca voltou a entrar melhor no segundo tempo. E depois de João Basso ter cabeceado por cima, o conjunto anfitrião viu-lhe ser atribuída uma grande penalidade.
Aos 61 minutos, Gustavo Correia considerou que Nélson Monte derrubou Sylla na área em falta. Um lance que suscitou dúvidas, mas o VAR deu providência à decisão do árbitro. Chamado a converter o castigo máximo, Sylla mostrou como se faz e colocou a bola no fundo das redes.
A partida mudou a toada. Ciente da importância da vitória – a nível anímico e classificativo – o Arouca cedeu mais posse de bola ao Chaves e procurou sair no contra-ataque. Contudo, os flavienses sentiram dificuldades em encontrar o caminho para a baliza adversária e fora o remate de Héctor Hernández, aos 65 minutos, que Arruabarrena defendeu, a tarde foi relativamente descansada para os homens da Serra da Freita que ainda podiam ter chegado ao segundo golo, mas Sylla não conseguiu passar Paulo Vítor.
O apito final confirmou a festa nas bancadas. Sete anos depois, o Arouca regressa às competições europeias, desta feita pela porta da Liga Conferência. A equipa de Armando Evangelista está no quinto lugar da Liga (que garante a terceira pré-eliminatória), com mais um ponto que o Vitória de Guimarães, numa luta que se vai arrastar até à última jornada. Quanto ao Chaves está na sétima posição, com 46 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Arruabarrena (Arouca)