Reveja aqui as principais incidências da partida
Em relação à vitória no dérbi com o Farense, Paulo Sérgio teve de mexer na defesa. Pedrão (suspenso) e Alemão (lesionado) deram os lugares a Gonçalo Costa e Alcobia no onze do Portimonense.
No que toca ao Gil Vicente também fez duas alterações. Gabriel Pereira, que marcou o golo do empate com o Estrela da Amadora, cumpriu suspensão, e foi rendido por Felipe Silva. O jovem angolano Miro foi rendido por Maxime Dominguez.
O início da partida ficou também marcado por um momento de muita emoção. As duas equipas cumpriram um minuto de silêncio em honra de José Martins Brito, pai do treinador Paulo Sérgio, que faleceu durante a semana. Enquanto as bancadas do Portimão Estádio cumpriam escrupulosamente a homenagem era visível a emoção na cara do técnico. A equipa alvinegra também atuou com ‘J. Brito’ nas costas.
Conhecer os cantos
A primeira parte ficou marcada por um jogo muito dividido e com alguma falta de inspiração. O Portimonense assenta a estratégia numa organização defensiva coriácea, com a equipa sempre muito bem organizada. O Gil Vicente gosta de dominar a posse de bola, mas além das manifestas dificuldades em juntar os dois jogadores mais criativos da equipa (Fujimoto e Maxime Domínguez), a equipa de Vítor Campelos parece sofrer de um bloqueio mental quando joga fora de casa (soma só derrotas).
Os principais lances de perigo acabam por surgir na sequência de bolas paradas, com o Gil Vicente a regista cinco cantos à passagem dos 18 minutos e sempre com o mesmo protagonista. Mori Gbane era o alvo, mas não conseguiu direcionar os cabeceamentos para o fundo das redes.
Ainda assim, as bolas paradas pareciam ser a chave para desbloquear a partida e assim foi. Aos 42 minutos, na sequência de um canto, o Gil Vicente prolongou a jogada que terminou com Maxime Domínguez na direita a assistir Murilo ao segundo poste para o golo da equipa de Barcelos.
Dominar os nervos
A vantagem não acalmou o Gil Vicente, pelo contrário. No regresso dos balneários, o Portimonense aproveitou-se de um nervosismo maior dos homens de Barcelos, que sentiam dificuldades em segurar a posse de bola, talvez cientes da importância do resultado.
Jasper e Varela tiveram oportunidades de golo, mas a finalização foi pecha da equipa de Paulo Sérgio, numa tarde que parecia manifestamente desinspirada para a turma auriverde.
Recuperando a confiança, o Gil Vicente partiu para a frente. Murilo (62 minutos) e Fujimoto (67 minutos) viram Nakamura negar o golo, mas Félix Correia foi mais feliz. Aproveitando o balanceamento ofensivo dos algarvios, Fujimoto lançou o extremo que na cara do guarda-redes nipónico não falhou e selou o golo da vitória.
Depois de cinco derrotas consecutivas a jogar fora de casa esta época (14 no computo geral), o Gil Vicente conseguiu o primeiro triunfo fora de casa e diante de um adversário simbólico: o Portimonense que foi goleado (0-5) em Barcelos na primeira volta. Sorri Vítor Campelos que vê a equipa afastar-se da zona de despromoção, com 19 pontos e o 11.º lugar.
Já o Gil Vicente cai para a 14.ª posição com 18 pontos, mais três que que o Rio Ave, primeira equipa em zona de play-off de manutenção.
Homem do jogo Flashscore: Fujimoto (Gil Vicente).
