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Clubes reunidos na Liga para avaliar proposta de entidade externa para a arbitragem

Sede da Liga Portugal recebeu encontro dos clubes
Sede da Liga Portugal recebeu encontro dos clubesLiga Portugal
Os clubes que compõem a comissão de acompanhamento ao Grupo de Trabalho constituído pela Federação Portuguesa de Futebol para a criação de uma entidade externa para a gestão da arbitragem reuniram-se esta segunda-feira, na sede da Liga Portugal, para avaliação da proposta apresentada pelo Conselho de Arbitragem (CA) na reunião de Direção da FPF da última quinta-feira.

Embora tenham sido surpreendidos pelo facto de a proposta do CA ter sido apresentada, e tornada pública, sem que dela tenha sido dado conhecimento prévio aos restantes elementos do Grupo de Trabalho, os clubes continuarão disponíveis para colaborar na construção de uma proposta que vá ao encontro do objetivo de um modelo mais eficiente e eficaz para a gestão da arbitragem portuguesa, que garanta um serviço de qualidade nas competições profissionais.

Os clubes reiteraram ainda as conclusões apresentadas no final da XI Cimeira de Presidentes, realizada no passado dia 18 de outubro, que refletem os contributos da comissão constituída pela Direção da Liga Portugal para acompanhar o Grupo de Trabalho criado pela Federação Portuguesa de Futebol para a discussão sobre um novo modelo para a gestão de arbitragem:

1 - A clarificação das vantagens do novo modelo em relação ao atual;

2 - A participação no modelo de governação deverá ser equitativa e equilibrada entre FPF, Liga Portugal e APAF;

3 - Um modelo de financiamento sustentado e rigoroso, que cumpra os limites orçamentais existentes;

4 - Um modelo de recrutamento e gestão baseado na meritocracia e classificações públicas;

5 - O princípio de separação entre a função de nomeação e de avaliação dos árbitros;

6 - Uma comunicação transparente e sistemática, assegurando contínuo esclarecimento e informação sobre a atividade (disponibilização dos áudios do VAR);

7 - A oportunidade da reestruturação do atual modelo, num período de fim de ciclo da FPF.

Todas estas considerações mantêm a sua pertinência e não merecem adequada proteção na proposta tornada pública.

Os clubes consideram também que os prazos definidos na proposta apresentada pelo Conselho de Arbitragem para a implementação do novo modelo não se coadunam com a exigência da reflexão necessária a uma alteração que obrigará a uma reformulação do quadro legal vigente e dos próprios estatutos da Federação Portuguesa de Futebol.

Os clubes lembram ainda que o atual Regime Jurídico das Federações Desportivas estabelece a existência de três secções autónomas no Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, entre as quais a Secção Profissional, que dispõe das competências necessárias para aplicar os princípios que sustentam a proposta agora apresentada, pelo que pretendem ver esclarecidas as vantagens da implementação de um edifício externo à FPF, sobretudo na medida em que obrigará a tão profunda alteração legislativa.

No final do encontro, os clubes reconheceram não encontrar, face à proposta apresentada pelo Conselho de Arbitragem, sentido na manutenção do Grupo de Trabalho para que a Liga Portugal foi, em conjunto com a APAF, convocada em junho, uma vez que o propósito que levou à sua criação está agora esgotado. Reforçam, ainda assim, total disponibilidade para, através dos contributos da Liga Portugal, continuarem a colaborar num modelo estruturado e pensado com a profundidade exigida a uma alteração num setor tão importante para o Futebol em Portugal.

Os clubes alertam ainda para a incerteza que, estando os campeonatos profissionais a decorrer, a mudança no modelo na gestão da arbitragem pode acarretar, numa altura que deve ser marcada pela tranquilidade.