Recorde aqui as incidências do encontro
Sérgio Vieira viu-se obrigado a mexer no onze devido à suspensão de Mansur, com a entrada de Johnstone Omurwa como a única alteração em relação à equipa que cedeu um empate nos últimos minutos na visita a Chaves.

Por outro lado, os bracarenses reforçados pela goleada ao Boavista (4-1) voltaram a confiar nos mesmos elementos, mas sofreram uma contrariedade nos primeiros minutos.
Entrada em falso
O arranque do encontro trouxe desde logo as primeiras incidências: logo aos dois minutos, Zalazar descobriu a desmarcação de Pizzi, o internacional português contornou Bruno Brígido, mas em desequilíbrio atirou à malha lateral. Pouco depois, Victor Gómez ficou agarrado à coxa e teve de ser rendido por José Fonte, com Saatci a passar para a lateral direita.
O Estrela da Amadora respondeu, numa boa jogada sobre a direita, com Léo Jaba a conseguir entrar na área e a obrigar Matheus a uma grande defesa, na recarga Ronaldo Tavares voltou a atirar para as mãos do guardião.
No entanto, os homens da Reboleira desligaram a ficha nos momentos-chave do encontro e tudo começou num alívio da própria defesa. Sobre o lado direito do ataque, Zalazar tocou para Banza, o avançado rodou sobre o defesa e fugiu para a linha final, onde teve todo o tempo e espaço do mundo para tirar um cruzamento rasteiro para um ainda mais só Álvaro Djaló, no coração da área, que de pé esquerdo teve a compostura necessária para inaugurar o marcador.
E, de um momento para o outro, o SC Braga desligou. Muito permissiva, a turma de Artur Jorge assistia impávida a um tricolor que crescia e se aproximava ameaçadoramente da área, mas sem o discernimento necessário no último terço. Ronald Pereira era o mais irreverente, aproveitando a adaptação de Saatci à direita. O extremo, por duas vezes, obrigou Matheus a travar o empate e, pelo meio, serviu o remate de Aloísio, que parecia levar selo de golo, mas o desvio num defesa tirou-lhe a potência e o guarda-redes não teve problemas em agarrar.
Zalazar todo-o-terreno
Quem parecia estar em todo o lado era o reforço mais caro da história dos minhotos. Além de ter servido Pizzi no início da partida, foi ele que bloqueou o remate de Aloísio e era o dínamo ofensivo da equipa. Aos 42 minutos, arrancou desde trás do meio campo até à entrada da área e deixou Banza na cara do golo, que rematou para uma boa defesa de Brígido.
Em cima do intervalo, tentou a sorte de meia distância, mas foi novamente o guarda-redes brasileiro que levou a melhor. Os números mostravam um duelo equilibrado e um Estrela que, pelo que produziu ofensivamente, talvez merecesse outra sorte.

Defender com os olhos
Houve mexidas dos dois lados no regresso dos balneários: Ndour e Pedro Sá renderam Aloísio e Ronaldo Tavares, Abel Ruiz entrou para o lugar de um apagado Pizzi.
E os arsenalistas não poderiam ter tido um melhor recomeço, beneficiando, novamente, da desatenção no eixo central do Estrela da Amadora. Mérito para a construção da jogada e para o toque de calcanhar de Ricardo Horta, que permitiu a Banza entrar na área descaído sobre a esquerda. Num belo movimento, o francês tirou um defesa da frente e rematou para defesa muito apertada de Brígido, mas estava lá Djaló, na recarga, a bisar no encontro.
Apesar de estar a fazer um bom jogo, a verdade é que o jovem espanhol não precisou de fazer muito para marcar os dois golos, a não ser estar no sítio certo. Do outro lado, Matheus ia segurando o que podia e como podia: aos 54 minutos, atravessou-se a fazer a mancha a uma bola solta na área e levou com o remate de Léo Cordeiro em cheio no nariz.
Voltando a Djaló, o médio/avançado tentou devolver a gentileza a Banza com um bom cruzamento, mas o cabeceamento saiu ao lado. Ainda no capítulo de Zalazar - e das manchas -, o uruguaio voltou a criar nova oportunidade, agora para Ruiz, que não conseguiu ultrapassar a saída atempada de Bruno Brígido.
Eram evidentes as dificuldades da linha defensiva dos estrelistas e viriam a ser agravadas pelo terceiro golo bracarense apontado, finalmente, por Banza... com Djaló na jogada. Ricardo Horta conduziu pelo miolo, serviu o espanhol que temporizou a devolução ao internacional português no momento certo. Junto à linha de fundo, Horta disparou para a pequena área, onde Banza apareceu a concluir. Saiu no momento seguinte, rendido por João Moutinho.
À vontade de Kikas juntou-se a aselhice de Saatci
Antes disso, Kikas tinha entrado nos anfitriões e veio com fome de bola e de golo. Primeiro obrigou Matheus a voar com um grande remate à entrada da área e, à segunda, não perdoou: João Reis conduziu até à entrada da área, lançou o companheiro na área - aproveitando a atrapalhação de Saatci - e o remate por entre as pernas de Matheus impediu o SC Braga de somar a primeira baliza limpa da temporada.
Quatro minutos volvidos e novo erro comprometedor do defesa central turco: ao tentar ganhar o duelo aéreo com Ndour, acabou por atropelar o avançado à entrada da área. Jean Felipe assumiu a cobrança e rematou forte para o lado de Matheus, que ainda tocou, mas não evitou o golo que relançou o encontro, a 10 minutos do apito final.
Artur Jorge foi ao banco buscar os habituais titulares Vítor Carvalho e Bruma, aproveitando o balanço dos caseiros no ataque. Ricardo Horta e o extremo recém-entrado deram trabalho a Brígido, mas a grande oportunidade surgiu do outro lado, aos 88 minutos, com Ndour a surgiu isolado na pequena área para desviar o cruzamento de Andre Luís por cima da trave.
Quem não perdoou foi Ricardo Horta: o capitão teve espaço à entrada da área e, com um remate em arco, fechou as contas do encontro e colocou os três pontos na bagagem a caminho do Minho.
Homem do jogo Flashscore: Álvaro Djaló (SC Braga).

