Foi preciso estrela para passar na Amadora: SC Braga obrigado a horas extra antes da Europa

Foi preciso estrela para passar na Amadora: SC Braga obrigado a horas extra antes da Europa
Foi preciso estrela para passar na Amadora: SC Braga obrigado a horas extra antes da EuropaLUSA

Grande jogo a abrir a sétima jornada da Liga Portugal: o SC Braga esteve a vencer por 0-3, aos 68 minutos, mas dois erros de Saatci permitiram ao Estrela da Amadora marcar dois golos num espaço de quatro minutos (75 e 79) e relançar o encontro. Na hora H, voltou a aparecer o capitão Ricardo Horta com um remate em arco a fechar o jogo. Os arsenalistas venceram o segundo jogo seguido na prova pela primeira vez esta época, mas sofreram pelo sétimo jogo consecutivo.

Recorde aqui as incidências do encontro

Sérgio Vieira viu-se obrigado a mexer no onze devido à suspensão de Mansur, com a entrada de Johnstone Omurwa como a única alteração em relação à equipa que cedeu um empate nos últimos minutos na visita a Chaves.

Escolhas iniciais e pontuações no final do encontro
Escolhas iniciais e pontuações no final do encontroFlashscore

Por outro lado, os bracarenses reforçados pela goleada ao Boavista (4-1) voltaram a confiar nos mesmos elementos, mas sofreram uma contrariedade nos primeiros minutos.

Entrada em falso

O arranque do encontro trouxe desde logo as primeiras incidências: logo aos dois minutos, Zalazar descobriu a desmarcação de Pizzi, o internacional português contornou Bruno Brígido, mas em desequilíbrio atirou à malha lateral. Pouco depois, Victor Gómez ficou agarrado à coxa e teve de ser rendido por José Fonte, com Saatci a passar para a lateral direita.

O Estrela da Amadora respondeu, numa boa jogada sobre a direita, com Léo Jaba a conseguir entrar na área e a obrigar Matheus a uma grande defesa, na recarga Ronaldo Tavares voltou a atirar para as mãos do guardião.

No entanto, os homens da Reboleira desligaram a ficha nos momentos-chave do encontro e tudo começou num alívio da própria defesa. Sobre o lado direito do ataque, Zalazar tocou para Banza, o avançado rodou sobre o defesa e fugiu para a linha final, onde teve todo o tempo e espaço do mundo para tirar um cruzamento rasteiro para um ainda mais só Álvaro Djaló, no coração da área, que de pé esquerdo teve a compostura necessária para inaugurar o marcador.

E, de um momento para o outro, o SC Braga desligou. Muito permissiva, a turma de Artur Jorge assistia impávida a um tricolor que crescia e se aproximava ameaçadoramente da área, mas sem o discernimento necessário no último terço. Ronald Pereira era o mais irreverente, aproveitando a adaptação de Saatci à direita. O extremo, por duas vezes, obrigou Matheus a travar o empate e, pelo meio, serviu o remate de Aloísio, que parecia levar selo de golo, mas o desvio num defesa tirou-lhe a potência e o guarda-redes não teve problemas em agarrar.

Zalazar todo-o-terreno

Quem parecia estar em todo o lado era o reforço mais caro da história dos minhotos. Além de ter servido Pizzi no início da partida, foi ele que bloqueou o remate de Aloísio e era o dínamo ofensivo da equipa. Aos 42 minutos, arrancou desde trás do meio campo até à entrada da área e deixou Banza na cara do golo, que rematou para uma boa defesa de Brígido.

Em cima do intervalo, tentou a sorte de meia distância, mas foi novamente o guarda-redes brasileiro que levou a melhor. Os números mostravam um duelo equilibrado e um Estrela que, pelo que produziu ofensivamente, talvez merecesse outra sorte.

Estatísticas ao intervalo
Estatísticas ao intervaloopta by Stats Perform

Defender com os olhos

Houve mexidas dos dois lados no regresso dos balneários: Ndour e Pedro Sá renderam Aloísio e Ronaldo Tavares, Abel Ruiz entrou para o lugar de um apagado Pizzi. 

E os arsenalistas não poderiam ter tido um melhor recomeço, beneficiando, novamente, da desatenção no eixo central do Estrela da Amadora. Mérito para a construção da jogada e para o toque de calcanhar de Ricardo Horta, que permitiu a Banza entrar na área descaído sobre a esquerda. Num belo movimento, o francês tirou um defesa da frente e rematou para defesa muito apertada de Brígido, mas estava lá Djaló, na recarga, a bisar no encontro.

Apesar de estar a fazer um bom jogo, a verdade é que o jovem espanhol não precisou de fazer muito para marcar os dois golos, a não ser estar no sítio certo. Do outro lado, Matheus ia segurando o que podia e como podia: aos 54 minutos, atravessou-se a fazer a mancha a uma bola solta na área e levou com o remate de Léo Cordeiro em cheio no nariz.

Voltando a Djaló, o médio/avançado tentou devolver a gentileza a Banza com um bom cruzamento, mas o cabeceamento saiu ao lado. Ainda no capítulo de Zalazar - e das manchas -, o uruguaio voltou a criar nova oportunidade, agora para Ruiz, que não conseguiu ultrapassar a saída atempada de Bruno Brígido.

Eram evidentes as dificuldades da linha defensiva dos estrelistas e viriam a ser agravadas pelo terceiro golo bracarense apontado, finalmente, por Banza... com Djaló na jogada. Ricardo Horta conduziu pelo miolo, serviu o espanhol que temporizou a devolução ao internacional português no momento certo. Junto à linha de fundo, Horta disparou para a pequena área, onde Banza apareceu a concluir. Saiu no momento seguinte, rendido por João Moutinho.

À vontade de Kikas juntou-se a aselhice de Saatci

Antes disso, Kikas tinha entrado nos anfitriões e veio com fome de bola e de golo. Primeiro obrigou Matheus a voar com um grande remate à entrada da área e, à segunda, não perdoou: João Reis conduziu até à entrada da área, lançou o companheiro na área - aproveitando a atrapalhação de Saatci - e o remate por entre as pernas de Matheus impediu o SC Braga de somar a primeira baliza limpa da temporada.

Quatro minutos volvidos e novo erro comprometedor do defesa central turco: ao tentar ganhar o duelo aéreo com Ndour, acabou por atropelar o avançado à entrada da área. Jean Felipe assumiu a cobrança e rematou forte para o lado de Matheus, que ainda tocou, mas não evitou o golo que relançou o encontro, a 10 minutos do apito final. 

Artur Jorge foi ao banco buscar os habituais titulares Vítor Carvalho e Bruma, aproveitando o balanço dos caseiros no ataque. Ricardo Horta e o extremo recém-entrado deram trabalho a Brígido, mas a grande oportunidade surgiu do outro lado, aos 88 minutos, com Ndour a surgiu isolado na pequena área para desviar o cruzamento de Andre Luís por cima da trave.

Quem não perdoou foi Ricardo Horta: o capitão teve espaço à entrada da área e, com um remate em arco, fechou as contas do encontro e colocou os três pontos na bagagem a caminho do Minho.

Homem do jogo Flashscore: Álvaro Djaló (SC Braga).

O grande jogo realizado por Álvaro Djaló
O grande jogo realizado por Álvaro DjalóLUSA/Opta by Stats Perform