Em relação à equipa que perdeu com o Vitória de Guimaráes, José Gomes fez apenas duas alterações no Marítimo. René Santos entrou para o lugar de Mosquera e André Vidigal rendeu Riascos que esteve condicionado fisicamente durante a semana.
Já Luís Freire mudou mais em relação à equipa que empatou diante do Arouca. Miguel Nóbrega, Paulo Vítor, Leonardo Ruíz e Ukra foram chamados ao onze titular do Rio Ave.
Muita vontade, pouco acerto
No 16.º lugar da tabela, que garante o direito a um play-off de manutenção, o Marítimo entrou no caldeirão dos Barreiros ciente de que só os três pontos interessavam. Em caso de vitória – conjugada com a derrota do Estoril – os insulares ficavam a depender só de si para garantir a permanência, já que na última jornada têm confronto marcado com o conjunto da Linha.
E essa vontade de agarrar os destinos com as próprias mãos ficou bem patente desde o apito inicial. Félix Correia deu o primeiro aviso aos quatros minutos, André Vidigal rematou à trave quando ainda não estavam decorridos 10 minutos. A sufocar perante a pressão madeirense, o Rio Ave teve de arranjar um timeout para não respirar melhor e a assistência ao guarda-redes Jhonatan providenciou a oportunidade para Luís Freire reorganizar a equipa.
Eficácia máxima
É um cliché dizer-se que no futebol não se pode falar de justiça e podemos adicionar ao nosso dicionário de lugares-comum deste desporto a frase de que quem não marca, sofre. E assim foi, na primeira vez que se acercou com perigo da baliza do Marítimo, o Rio Ave marcou.
Aos 35 minutos, Ukra encontrou Hernâni dentro da área e o extremo trabalhou por entre os defesas contrários para colocar a bola no fundo das redes com um remate cruzado.
Quando aos 37 minutos, Leonardo Ruiz apareceu nas costas da defesa e fez um chapéu perfeito a Marcelo Carné, foi a pedra de gelo que baixou, e muito, a temperatura do caldeirão dos barreiros. Depois de uma entrada impetuosa, os insulares viam os preciosos três pontos mais longe e apreensão tomava conta dos jogadores e das bancadas.
O golo de Félix Correia (45+2 minutos) ainda trouxe alguma esperança, mas a equipa parecia ter perdido a força com que entrou na partida.
Instinto de sobrevivência
Completamente encostado a um canto, mas sem estar KO, o Marítimo reagiu no segundo tempo. Xadas, Vidigal e Félix Correia foram os golpes que os insulares desferiram na defesa vila-condense para tentar ganhar algum espaço e acalantar a esperança, mas o conjunto de Luís Freire parecia não quebrar.
Reveja aqui as principais incidências da partida
A recompensa surgiu aos 76 minutos. Com a equipa toda balançada para o ataque, Xadas cruzou do lado direito, Cláudio Winck surgiu ao segundo poste e colocou em André Vidigal que nas imediações da pequena área disparou para o fundo das redes.
Revigorados com a recuperação, os madeirenses tinham consciência de que a tarefa ainda não estava concluída e partiu para um assalto final em busca dos três pontos. Contudo, o coração deu lugar à razão e algumas precipitações impediram que o volume ofensivo dos insulares tivesse outro tipo de resultados.
Com este resultado, o Marítimo ficou no 16.º lugar com 23 pontos, a cinco do Estoril, primeira equipa acima da zona de despromoção, quando faltam disputar mais três jornadas (nove pontos). Já o Rio Ave está no 12.º lugar, com 39 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Xadas (Marítimo)