4x4
Em relação à vitória em Famalicão, Vítor Campelos fez quatro alterações no Chaves. Steven Vitória regressou de castigo, Obiora rendeu o suspenso Guima, com Benny e Hector Hernández a entrarem para a frente de ataque.
Quatro foi também o número de mudanças que César Peixoto fez no Paços de Ferreira. Antunes, Rui Pires, Nigel Thomas e Butzke regressaram ao onze, depois de não terem estado na derrota com o Sporting.
Agarrados à esperança
Num tranquilo sétimo lugar na tabela e sem o horizonte das competições europeias – não por falta de pontos, mas por não ter entrado com o processo de licenciamento – o Chaves chegava a esta partida a jogar por orgulho, enquanto o Paços de Ferreira vinha para o primeiro mata-mata, expressão de Luiz Felipe Scolari que César Peixoto se apropriou para os três jogos que restavam até ao final do campeonato.
E foi visível esse sentimento de urgência por parte dos castores. Depois de uma apatia geral ante o Sporting, o Paços de Ferreira voltou a mostrar o que de melhor tem – qualidade com bola e capacidade de pressão. Foi assim que Gaitán obrigou Paulo Vítor a grande defesa aos três minutos, com Butzke a falhar a recarga isolado. Tudo isto após uma recuperação de Holsgrove.
Cinco minutos mais tarde, o ex-Benfica voltou a ter um remate perigoso, mas Paulo Vítor agigantou-se e negou golo. O Chaves ia tentando equilibrar a partida, mas sem sucesso. Um golo anulado aos 21, após um fora de jogo de Ponck, foi o maior sinal de perigo dos flavienses até então.
Stop ao vermelho
Cedido pelo Benfica, Paulo Bernardo tem vindo a cravar um lugar nas escolhas de César Peixoto. Dinâmico, o médio internacional sub-21 esteve perto do golo aos 36 minutos, após uma combinação com Butzke, mas Paulo Vítor fechou os caminhos da baliza, mais uma vez.
Contudo, no espaço de sete minutos, Paulo Bernardo foi do melhor ao pior. Aos 43 minutos viu o segundo amarelo e recebeu ordem de expulsão por parte de João Pinheiro. Uma decisão rígida, que levou ao desespero César Peixoto. Ciente do golpe, o treinador do Paços de Ferreira pontapeou uma garrafa de água contra as bancadas, sinal da frustração de quem sentia o jogo escapar pelas mãos.
Cabeça para o golo
O intervalo trouxe, como seria de esperar, trouxe um Paços de Ferreira em conflito. Ciente da necessidade de atacar, mas consciente da importância de não sofrer e foi nessa indefinição que os castores acabaram por sofrer um golpe fatal.
Aos 51 minutos, Marafona negou o golo a João Mendes com uma grande defesa. Na sequência do canto, Benny recebeu o passe curto e cruzou para a pequena área onde Obiora cabeceou para o fundo das redes.
Foi um segundo golpe que deixou o Paços de Ferreira praticamente KO. Reduzido a 10, o conjunto da Capital do Móvel só chegava à frente por intermédio de bolas paradas e aí, o melhor que conseguiu foi por Maracás (69 minutos) que cabeceou à trave após canto de Gaitán.
Reveja aqui as principais incidências da partida
O KO chegou 10 minutos depois. Bruno Langa cruzou da esquerda, Hector Hernández cabeceou, sozinho, para defesa de Marafona, mas João Teixeira aproveitou a recarga para fazer o segundo golo. A resignação era visível por entre os adeptos forasteiros que percebiam a gravidade da situação.
Com este resultado, o Paços de Ferreira está no 17.º lugar da Liga, com 20 pontos. Com mais dois jogos por fazer (seis pontos), a equipa está já a oito do Estoril, primeira equipa acima da zona de despromoção, e a três do Marítimo (com quem perde no confronto drieto) que ocupa o lugar de play-off – a boia de salvação que resta aos castores para evitar cair na Liga 2.
Quanto ao Chaves está no sétimo lugar com 46 pontos, a um do Vitória de Guimarães.
Homem do jogo Flashscore: Paulo Vítor (Chaves)
