Após a pausa internacional, o Benfica regressa com uma difícil deslocação a Vizela. Antes da partida, Roger Schmidt confessou que espera dificuldades diante dos vizelenses, na quinta jornada da Liga.
“Estou muito contente com a condição física dos jogadores, voltaram bem-dispostos e todos os jogadores estão aptos. A preparação é sempre diferente na pausa internacional. É sempre um desafio, porque não tens uma semana inteira com o grupo. Os argentinos jogaram na Bolívia, depois vieram para Lisboa e agora vão ter de ir para Vizela e ter uma boa exibição. Não é difícil. Mas seria sempre difícil jogar lá. Ainda assim, o que vi nos próximos jogos leva-me a pensar que estamos preparados. Sabemos que é sempre um jogo difícil em Vizela, um adversário complicado, agressivo, viagem longa, estádio pequeno, mas estamos preparados e sabemos que se jogarmos ao melhor nível podemos ganhar o jogo que é o nosso objetivo”, atirou, lembrando o pequeno desentendimento que teve com as bancadas na época passada: “Estádio pequeno, com adeptos entusiastas, faz parte do futebol. Mandar coisas não está bem, mas é o que é. Vão estar adeptos dele, mas também vamos ter muito nosso e acho que vai ser um ambiente muito bom. Temos de estar focados no objetivo.”
Para esta partida, Schmidt confirmou a presença de Bah, mas deixou em aberto a participação de Juan Bernat, David Jurásek e Gonçalo Guedes.
“Bah não tem lesão, está recuperado, teve uma questão com a seleção, mas já treinou a semana toda. Bernat, Jurásek e Gonçalo Guedes estão com um problema. O Juan chegou com um problema de Paris, por isso estamos a dar-lhe condição física, mas tivemos todos os jogadores no campo hoje (sexta-feira). Vamos ter de tomar decisões jogo a jogo. É difícil prever, vamos tentar recuperar o mais rápido possível, mas não queremos riscos. Ainda assim, estamos otimistas”, atirou.

A baliza tem sido uma questão muito discutida no Benfica. A saída de Vlachodimos pareceu abrir espaço ao reforço Trubin, mas Samuel Soares conservou a titularidade nas últimas três partidas das águias.
“O Trubin estava pronto quando chegou, mas já expliquei a minha decisão sobre o Samuel Soares. O Trubin era novo, sem pré-época, sem ligação aos colegas, para se habituar as rotinas, agora esteve na seleção nacional e está melhor, mais confiante, mas integrado no grupo. Por isso vou ter de tomar uma decisão, mas estou satisfeito com os guarda-redes que tenho. Foi importante para o Samuel Soares ter minutos, ajudou-o a crescer. Têm um concorrente e terei de tomar uma decisão”, atirou.
Rotações, penáltis e Alemanha
Roger Schmidt ficou conhecido em Portugal como um treinador que pouco mexe num onze consolidado. A questão tem valido algumas críticas, o último dos quais de Andreas Schjelderup que confessou que esperava ter mais minutos.
“A minha responsabilidade é ganhar jogos no Benfica, temos objetivos altos. Acho que todos os jogadores têm a mesma hipótese de jogar. Os melhores são os que são utilizados e se confiarem isso em campo, a hipótese de voltar a jogar é bom. Quando não estão 11 é preciso paciência, aproveitar os minutos. Já tivemos exemplos na época passada de que quem fica focado nos treinos, em estar pronto quando é chamado pode aproveitar as oportunidades. João Neves, Chiquinho, Aursnes, Bah, tantos jogadores que aproveitaram. Existe uma hipótese para todos. Não tenho uma obrigação para rodar jogadores, temos de ganhar jogos, é só isso que importa”, justificou.
Rotação existiu sim nos marcadores de penáltis, com Ángel Di María a ser agora o principal batedor.
“Falei com o João Mário, ele foi muito bom a bater penáltis na época passada, falhou um ou dois, a confiança fugiu um pouco, mas é normal, mas agora temos opções diferentes muitos jogadores capazes, Kokçu, Arthur Cabral, todos estes jogadores estão habituados e temos de tomar decisões. Di María bateu o primeiro, está muito confiante e é a nossa primeira opção, mas pode voltar a ser o João Mário”, atirou.
Por último, uma garantia sobre o alegado interesse da seleção alemã.
“A minha ambição é estar até 2026 no Benfica, por isso é que assinei o contrato. Quando falámos para renovar, falei disso com a minha família e por isso tomei esta decisão. Se me conhecem e o meu passado sou completamente focado com o presente, estou identificado com o clube, adoro os meus jogadores, a equipa técnica e só penso no Benfica", concluiu.