Sucessão
No último jogo da temporada, Vítor Campelos apostou exatamente na mesma equipa que perdeu em Arouca. O Chaves sabia que com uma vitória entrava para a história e garantia a melhor pontuação de sempre do clube.
Já Petit fez quatro mudanças no Boavista, com especial destaque para a baliza. Confirmado o adeus de Bracali, João Gonçalves mereceu a estreia na Liga e foi titular pela primeira vez. Bruno Onyemaechi, Sasso, Ibrahima Camará e Bozenik regressaram ao onze.
Pantera de garras afiadas
Uma das piores equipas fora de casa – 11 pontos conquistado, com Santa Clara e Marítimo (ambos com cinco) só abaixo – o Boavista quis dar uma imagem diferente frente a um Chaves que conquistou tantos pontos em casa (23), como fora (23).
A lutar por superar o Casa Pia na tabela e terminar na metade alta da tabela, a equipa de Petit entrou melhor, pressionante e a permitir poucas veleidades a uma turma flaviense que já parecia mais a pensar na próxima época, do que em concluir esta.
Foi por isso que não surpreendeu ninguém quando o Boavista inaugurou o marcador. Aos 37 minutos, Bruno Onyeamachi combinou com Makouta pela esquerda e Sebastian Pérez finalizou na marca de penálti para fazer o primeiro golo.
Cinco minutos depois, Salvador Agra cruzou da direita e Bozenik apareceu nas costas de Bruno Langa e cabeceou para o fundo das redes. 2-0 e o Boavista em controlo da partida.
Reveja aqui as principais incidências da partida
Renascer da esperança
Algo apático no primeiro tempo, o Chaves entrou com uma cara lavada no segundo tempo e uma atitude diferente. E dúvidas houvesse da vontade dos flavienses em evitar terminar a época com uma derrota, o golo chegou dentro do primeiro minuto do segundo tempo.
Uma boa jogada coletiva, com Sandro Cruz (lançado ao intervalo) a disparar para defesa incompleta de João Gonçalves. À ponta-de-lança, Héctor Hernández não se fez rogado e finalizou na área.
Jogo estragado
O golo deu um tónico ao Chaves que passou a dominar a partida e foi em busca do empate. Contudo, uma partida que estava a ser bem disputada por dois conjuntos que se destacaram esta época acabou estragada aos 62 minutos.
Numa perda de bola, Camará lançou Bozenik e o avançado, na cara de Paulo Vítor, finalizou para o terceiro golo dos axadrezados. Contudo, o lance gerou indignação nas hostes flavienses que apontaram um toque na bola do árbitro Hélder Carvalho, no início da jogada. O lance foi revisto pelo VAR e validado, mas a indignação por lá ficou.
De cabeça perdida, com o capitão João Teixeira a ser substituído já amarelado pela contestação, o Chaves entrou numa fase mais emotiva do jogo e no espaço de dois minutos acabou reduzido a 10. Primeiro foi Guima (66 minutos) devido à reação para com o árbitro e depois foi Benny (68 minutos) que viu o segundo amarelo após uma entrada fora de tempo.
Um golaço
Reduzido a nove, o Chaves entregou-se ao jogo. Vítor Campelos tentou, ao máximo, organizar a equipa, mas o número de jogadores e a falta de cabeça fria não ajudaram a equipa flaviense.
O golpe final foi aplicado por Makouta. Se assistiu para o primeiro, o médio da República Democrática do Congo fechou o ativo aos 81 minutos, com um belo remate de fora da área, sem hipóteses para o guarda-redes flaviense.
Até final, Bozenik (86 minutos) ainda esteve perto do hat-trick e chegou a colocar a bola no fundo das redes, mas o lanço foi anulado por fora de jogo, por um centímetro. E mais uma expulsão para o Chaves. Aos 89 minutos, Abass derrubou Bernardo e, após visualização das imagens, viu o vermelho.
Uma das boas equipas da Liga, o Chaves termina a época no sétimo lugar, com 46 pontos e reduzido a oito jogadores em casa. Já o Boavista subiu ao nono lugar, com 44 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Bozenik (Boavista)