"Alguma coisa estará a falhar senão não teríamos a abordagem da primeira parte. Um adversário que alterou o seu desenho, com uma pele diferente e nós tivemos dificuldades em chegar à área adversária. Temos o hábito de dizer que o jogo sem bola tem correlação com o resultado final e hoje foi demasiado curto. Jogámos de costas, não atacamos espaços, desarrumar a organização defensiva, sentiram-se sempre confortável. Na segunda parte tentamos tomar de assalto o meio-campo do Arouca, criámos vários lances de perigo. Depois o Arouca apanha-se a ganhar e os momentos finais são a impressão digital da equipa, a crença, luta, abnegação, acreditar sempre. A equipa não caiu após o penálti, manteve-se viva. Fez o empate. O resultado é o que é", começou por explicar.
Vítor Bruno deixou críticas ao árbitro, nomeadamente ao penálti sobre Taremi que foi revertido com o Manuel Nogueira ao telefone com o VAR na Cidade do Futebol, por dificuldades no sistema de comunicação.
"O jogo foi demasiadas vezes parado. Se queremos promover o nosso futebol, não é desta forma. O árbitro foi permissivo. Não quero estar a fugir à verdade. Vivemos numa sociedade demasiado frágil para podermos dizer aquilo que sentimos e desejamos e sob pena de sermos castigados. Às vezes parece que nos privamos de dizer aquilo que nos vai na alma. Não quero faltar ao respeito a ninguém mas penso que o que aconteceu no final foi uma caricatura do que tem sido o futebol português. Já tivemos casos mais recentes esta época em que as coisas não funcionaram bem a partir da Cidade do Futebol. Alterar decisões que são tomadas em campo, a 10,15 metros, via telemóvel, não me parece que esse seja o caminho, independentemente de ter ajuízado bem ou mal, não é isso que questiono aqui. Mas se queremos credibilizar ainda mais o futebol e fazer com que o nosso futebol seja falado lá fora pelas melhores razões não é este o caminho", desabafou.
Com este empate, o FC Porto vai para a pausa internacional com 10 pontos e pode ver o Sporting isolar-se, em caso de vitória diante do SC Braga.
"Olhar para a pausa e descansar. Queríamos ter 12 pontos, temos 10. Nem tudo estava mal, nem tudo está bem. Há jogadores que têm de se adaptar e perceber que o FC Porto é um clube muito grande. Estamos aqui para dar a cara, até porque não faz parte do nosso ADN enquanto equipa", concluiu.