“Quando cheguei disse que estava pronto para jogar. Obviamente que não consigo ainda estar os 90 minutos, estive lesionado, um problema grave, tive recaídas, mas tinha a base de treino. Preciso de jogos, de estar em campo, onde me sinto feliz e à vontade. Foi essa a discussão que tive. Obviamente que fiquei muito chateado com as palavras do Jorge Jesus quando disse que eu não estava em condições. Nos treinos era diferente, mostrava que estava apto, igual a todos os outros. Eu decidia nos treinos coletivos, era eu que marcava os golos. Eu não gosto de falar sobre isto, de criar assuntos polémicos, mas é a realidade. Eu sabia que quando entrasse em campo ia mostrar uma coisa diferente e aqui, dentro das quatro linhas é o único local onde me consigo defender”, explicou Neymar.
Recorde-se que em janeiro, após o triunfo sobre o Al Fateh, Jorge Jesus explicou a ausência de Neymar da seguinte forma: “Não está fácil. Ele vem de uma lesão que o tirou da competição. Quando estava quase a voltar, voltou a lesionar-se. É um jogador que não deixa dúvidas a ninguém, de top mundial. Mas a verdade é que fisicamente não consegue jogar ao nível a que estamos habituados”.
Contratado por 90 milhões de euros em 2023, acabou por fazer apenas sete jogos no Al Hilal. Na primeira época lesionou-se de forma grave e passou mais de uma temporada em recuperação, sendo que em 2024/25 não foi inscrito na lista do campeonato saudita, pelo que acabou por jogar apenas na Champions Asiática, antes de rescindir a menos de seis meses do fim do contrato.
Regressou ao Santos, clube da formação, neste inverno. Somou 45 minutos na madrugada desta quinta-feira diante do Botafogo-SP, no Paulistão. Foi o primeiro jogo esta época desde 4 de novembro, quando somou 29 minutos diante do Esteghlal e sofreu nova recaída física.