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Adebayor e o pouco tempo de Martinelli: "Se continuar no banco, a cabeça começa a desanimar"

Martinelli (à esquerda) tem entrado bem nos jogos do Arsenal
Martinelli (à esquerda) tem entrado bem nos jogos do ArsenalČTK / imago sportfotodienst / Ricardo Larreina

O ex-avançado do Arsenal Emmanuel Adebayor alertou o técnico Mikel Arteta sobre a falta de minutos do brasileiro Gabriel Martinelli.

Martinelli deu um toque por cima da cabeça de Gianluigi Donnarumma aos 48 minutos do segundo tempo para garantir um ponto contra o Manchester City no fim de semana, tentando mostrar o seu valor para Arteta.

O extremo perdeu a vaga de titular, começando apenas duas das seis partidas do Arsenal nesta temporada, já que Arteta tem dado prioridade às contratações de Eberechi Eze e Noni Madueke. O atacante de 24 anos está a ficar cada vez mais insatisfeito com o tempo em campo, o que, segundo o ex-jogador, é um grande problema.

Em entrevista à Premier League Productions, Adebayor comparou a situação de Martinelli com a sua própria e afirmou que Arteta pode perder o controlo do balneário nas próximas semanas.

“Acho que é aí que a gestão de grupo se torna fundamental, porque você precisa conversar com todos esses jogadores para mantê-los motivados, mesmo sabendo que estão no banco. Quando eu estava no banco do Arsenal, sabia que tinha Thierry Henry, Dennis Bergkamp e Robin van Persie à minha frente, mas não era fácil", admitiu.

"Todo fim de semana eu estava no escritório dele (Wenger) a dizer ‘Eu vim para jogar, preciso de' jogar. Nesses momentos, é preciso um treinador que saiba acalmar a situação. Nunca vimos Arteta passar por isso e acredito que este é o ano certo para ele enfrentar esse desafio", opinou.

O brasileiro tem mostrado o seu valor ao entrar durante as partidas nas últimas duas partidas, o que pode ser um papel interessante daqui pra frente. A lesão de Madueke, que ficará de fora por 2 meses, pode significar um espaço para o extremo. Mas, se isso não acontecer, Martinelli pode tornar-se uma crise coletiva.

“Todos nós temos os nossos interesses pessoais, goste ou não. Mas, no fim das contas, precisamos pensar no coletivo. Temos que refletir sobre o que posso fazer, o que vou agregar à equipa. Se está no banco, é difícil”, disse.

“Martinelli, acredito que em algumas semanas vamos perdê-lo, porque se ele continuar no banco depois desse jogo, a cabeça começa a desanimar, depois o corpo acompanha, e aí ele pode acabar por prejudicar todo o ambiente de treino”, analisou.