Recorde as incidências do encontro
Os londrinos do norte entraram em campo embalados por uma série de 10 jogos sem perder na Premier League.
Por que razão é que Igor Thiago começou no banco?
Apesar de terem levado a melhor sobre os Bees recentemente, estando invictos nos últimos sete duelos diretos na Premier League, Mikel Arteta e o seu plantel não esqueceriam facilmente as dificuldades sentidas no jogo em casa da época passada, em que um golo tardio de Yoane Wissa garantiu um ponto após o tento inaugural de Thomas Partey.
A forma do Brentford fora de casa em 2025/26 tem sido fraca, com cinco derrotas e apenas uma vitória em seis partidas.

Por isso, a decisão de Igor Thiago começar no banco foi bastante surpreendente por parte de Keith Andrews, tendo em conta que os 11 golos do avançado na Premier League só foram superados pelos 15 de Erling Haaland até ao momento nesta temporada.
O ponta-de-lança foi uma das cinco alterações feitas pelos visitantes, o maior número em jogos consecutivos nesta época, igualando o seu máximo histórico na Premier League (5 frente ao Brighton no Boxing Day de 2021).
Merino... outra vez
Antes de o Brentford conseguir sequer assentar o jogo, os Gunners já estavam na frente.
Martin Odegaard já tinha visto um remate ser bloqueado antes de um cruzamento perfeito de Ben White permitir a Mikel Merino cabecear com força para o seu 13.º golo em todas as competições em 2025 e o nono na Premier League neste ano civil – nenhum jogador do Arsenal tem mais em qualquer uma das situações.
Nenhum jogador da Premier League marcou mais golos de cabeça do que os oito de Merino desde o início da época passada, sendo este o segundo golo do espanhol frente ao Brentford em três jogos, e a terceira assistência de White contra os Bees.
O 11.º golo concedido na primeira parte significou que apenas os dois últimos classificados, Burnley (12) e Wolverhampton Wanderers (13), tinham permitido mais do que o Brentford.
Arsenal com o jogo na mão
A superioridade relativa do Arsenal era evidente, com os anfitriões a controlarem 73% da posse de bola nos primeiros 15 minutos. Pode não ter sido sempre um espetáculo, mas os Gunners não foram realmente incomodados.
Na verdade, só ao minuto 20 é que os visitantes conseguiram o seu primeiro remate, mas tal como os autocarros em Londres, mais dois surgiram logo de seguida.

O remate de Kevin Schade foi à baliza, mas seria o único do Brentford a acertar no alvo durante todo o encontro, e a resposta do Arsenal foi a esperada, com quatro remates dos anfitriões.
Odegaard comandava o meio-campo de forma brilhante e, ao criar três oportunidades para os colegas nos primeiros 45 minutos, foi de longe o jogador mais ativo em campo.
Falta de empenho dos jogadores do Brentford
A produção do Brentford foi quase nula, como se comprova pelo facto de Dango Ouattara ter tentado apenas cinco passes antes do intervalo, com apenas Ethan Pinnock e Michael Kayode a poderem orgulhar-se do seu registo.
O primeiro registou 96,8%, o melhor entre os visitantes, com o segundo logo atrás (95,7%).
Kayode não só disputou o maior número de duelos individuais (15), como também venceu mais do que qualquer outro (nove), e é pena para os adeptos dos Bees presentes que não tenham visto esse empenho generalizado por parte dos seus jogadores. Kristoffer Ajer, por exemplo, venceu apenas um dos sete duelos em que participou.
Thiago foi um dos três jogadores lançados após uma hora de jogo, mas isso pouco alterou o rumo dos acontecimentos.
Segundo golo era uma questão de tempo
Curiosamente, apesar de o Arsenal parecer confortável, o remate de Riccardo Calafiori aos 66 minutos foi o primeiro à baliza desde o de Noni Madueke aos 17'.
Mesmo assim, os anfitriões continuaram a pressionar e o Brentford ficou a dever muito ao guarda-redes Caoimhin Kelleher, que realizou cinco defesas ao longo da noite para manter o Arsenal afastado da baliza.
Infelizmente para o guardião, os colegas nunca pareceram capazes de conquistar um ponto, e embora só nos descontos Bukayo Saka tenha garantido a vitória, o segundo golo do Arsenal era inevitável.
Kelleher ainda tocou na bola com ambas as mãos no remate do internacional inglês, mas não conseguiu evitar que esta ultrapassasse a linha de golo de forma dolorosa.
Jogo resolvido.
Bees desistiram do jogo
Quando Andrews e a sua equipa técnica analisarem o jogo para perceber o que correu mal, será evidente a falta de intensidade ofensiva.
Apenas um remate enquadrado e seis no total, além de só 13 toques na área adversária, não são números que permitam vencer jogos de futebol.
Entregar dois terços da posse de bola a uma das equipas com melhor circulação na Premier League não surpreende, por isso o Brentford precisava de ser perfeito noutros aspetos.
Infelizmente, o dobro dos quatro cantos do Arsenal não resultou em nada e não recuperar a posse uma única vez no último terço diz tudo.
Uma noite dececionante para os Bees, enquanto Arteta e o seu plantel podem agora encarar com confiança o próximo duelo frente ao Aston Villa.

