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Análise: Dérbi entre Arsenal e West Ham é de importância vital para ambas as equipas

Jarrod Bowen marca o golo da vitória frente ao Arsenal no Emirates Stadium
Jarrod Bowen marca o golo da vitória frente ao Arsenal no Emirates StadiumPaul Marriott / Shutterstock Editorial / Profimedia

Nuno Espírito Santo enfrenta um enorme desafio no seu segundo jogo ao comando do West Ham, já que os londrinos atravessam apenas alguns quilómetros pela capital para defrontar o Arsenal.

Siga aqui as incidências do encontro

Os Gunners mostraram a sua força na Premier League na última jornada, ao conseguirem uma vitória surpreendente em Newcastle, um campo tradicionalmente complicado.

Emirates Stadium tem sido terreno fértil para os Hammers

Nuno pode inspirar-se, no entanto, no domínio que os Hammers têm exercido sobre os londrinos do norte no Emirates Stadium.

Se o West Ham voltar a vencer no sábado, será o terceiro triunfo consecutivo frente à equipa de Mikel Arteta em casa, algo que apenas Pep Guardiola e o seu Manchester City conseguiram até agora.

Para contextualizar o quão notável seria esse feito, o Arsenal perdeu apenas quatro dos seus últimos 42 jogos em casa na Premier League (29 vitórias, nove empates), sendo que dois desses desaires foram frente ao West Ham.

Além disso, os últimos 10 pontos conquistados pelos londrinos de leste (três vitórias e um empate) foram todos fora do London Stadium.

Os visitantes só por uma vez conseguiram vencer três jogos consecutivos fora frente ao Arsenal, entre novembro de 1991 e março de 1995.

Bowen é o homem chave do West Ham

Jarrod Bowen marcou o golo da vitória na época passada – o seu quinto frente aos Gunners – e, depois de garantir um ponto diante do Everton no primeiro jogo de NES, estará motivado para aumentar o seu registo de golos.

De facto, o extremo inglês soma 11 participações em golos nos últimos 12 jogos da Premier League (oito golos, três assistências).

Os números de Bowen
Os números de BowenFlashscore

Numa partida em que Bukayo Saka pode chegar à sua 200.ª presença pelos Gunners, uma nova vitória dos Irons será uma tarefa complicada.

Isto porque os visitantes perderam mais dérbis de Londres na Premier League do que qualquer outra equipa (134), além de terem perdido oito dos últimos 11 (duas vitórias, um empate).

Sem esquecer que o Arsenal só perdeu um dos últimos oito jogos na principal divisão inglesa (Liverpool), empatou um (Man City) e venceu os restantes seis.

A forma do Arsenal
A forma do ArsenalFlashscore

Desde maio, quando essa sequência começou, os Gunners somaram mais pontos do que qualquer outra equipa na Premier League (19), e se continuarem a aproveitar as bolas paradas, não será apenas o West Ham a ter dificuldades em travá-los.

Bolas paradas continuam a ser uma arma fundamental

O golo da vitória nos descontos em St. James' Park, por exemplo, surgiu de um canto, tal como nove dos últimos 14 golos do Arsenal na Premier League (sete de cantos, um de livre, um de penálti) resultaram de rotinas bem trabalhadas de bola parada – com o penálti a ser a exceção.

Os cantos, em particular, tornaram-se uma arma temível no arsenal de Arteta, com 64 dos 408 golos marcados durante o seu comando (16,7%) a surgirem diretamente dessa situação.

Gabriel também se tornou sinónimo de golos de cabeça a partir de cantos, e o tento da vitória frente aos Magpies foi o seu 18.º na Premier League pelo Arsenal – o melhor registo entre defesas na competição desde a sua estreia em setembro de 2020.

Apenas Tony Pulis (21,9%) e Sean Dyche (18,6%) viram uma percentagem superior de golos provenientes de cantos entre os treinadores da Premier League que já orientaram mais de 300 jogos.

Com todo o respeito por esses dois treinadores, o futebol do Arsenal está num patamar completamente diferente.

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Ouça o relato no site ou na appFlashscore

Saka pode chegar à centena de participações em golos

Saka terá a oportunidade de alcançar as 100 participações em golos na Premier League se marcar ou assistir nesta jornada, e perante uma defesa permeável do West Ham, não seria surpreendente que o conseguisse.

No que diz respeito a lesões e castigos em ambas as equipas, o Arsenal não pode contar com Gabriel Jesus, Piero Hincapié, Noni Madueke e Kai Havertz, enquanto Gabriel será avaliado em cima da hora após ter sofrido um toque frente ao Olympiacos.

George Earthy está de fora no West Ham, Jean-Clair Todibo e Aaron Wan-Bissaka serão avaliados em cima da hora, e Tomas Soucek continua suspenso, cumprindo o último jogo do seu castigo de três partidas.

Três pontos são fundamentais para ambos

Com o Liverpool a ter uma deslocação difícil a Stamford Bridge para defrontar o Chelsea logo após o dérbi de Londres, Mikel Arteta irá certamente reforçar junto do seu plantel a importância destes três pontos, para pressionar os Reds, que têm passado por algumas oscilações nos últimos jogos.

Independentemente do resultado, Nuno terá pelo menos mais tempo para trabalhar com o seu grupo após defrontar o Arsenal, já que há uma pausa internacional entre o jogo de sábado e o próximo compromisso, em casa, daqui a duas semanas frente ao Brentford.

Somar o máximo de pontos possível tem de ser o objetivo do técnico português e a força de caráter da sua equipa no Emirates será um aviso para o que se pode esperar no resto da temporada 2025/26.

Jason Pettigrove
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