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As vitórias frente ao Sunderland, Liverpool e Brighton deram novo ânimo a Ruben Amorim e, se conseguir evitar a derrota no City Ground, a narrativa em torno do português e dos Red Devils continuará a evoluir.
Red Devils em grande forma
Para contextualizar ainda mais o momento dos Red Devils, apenas o líder Arsenal somou mais pontos na Premier League do que os 15 do United (5 vitórias, 2 derrotas) desde a 3.ª jornada.
Com 14 golos nesse período, o United também marcou mais do que qualquer outra equipa.
O regresso à boa forma deve-se muito ao rendimento de Bryan Mbeumo, que marcou ou assistiu em cada um dos seus últimos três jogos na Premier League (três golos, uma assistência).
O avançado só está atrás de Mo Salah (15 golos, sete assistências) e Erling Haaland (19 golos, três assistências) no que toca a participações em golos em 2025, com o registo de Mbeumo a situar-se atualmente em 14 golos e seis assistências.
O Forest espera travar a recente forma dos visitantes, mas terá de apresentar um desempenho semelhante ao que conseguiu frente ao FC Porto, no primeiro jogo de Sean Dyche ao comando, e não repetir o que aconteceu na derrota por 2-0 na Premier League frente ao Bournemouth poucos dias depois.
Apesar de os resultados nesta fase dificilmente serem decisivos para qualquer das equipas, a confiança que as vitórias trazem é evidente.
Nottingham Forest em crise
O Manchester United parece uma equipa completamente diferente de há um mês, enquanto o Forest continua em má fase – e nos lugares de descida.
Apenas o péssimo momento de Wolverhampton Wanderers e West Ham United impede que os Tricky Trees ocupem o último lugar da principal divisão inglesa.
Se o Fulham e o Burnley vencerem os seus respetivos jogos este fim de semana e o Forest não conseguir pontuar, a equipa de Dyche ficará já a seis pontos da salvação. Não é impossível recuperar, mas é um obstáculo relevante.
É provável que os jogadores do Forest precisem de tempo para se adaptar ao estilo de Dyche. Passar de construir jogo desde trás, envolvendo todos os jogadores, para apostar em bolas longas e esperar pelo melhor vai exigir algum tempo até ser aperfeiçoado.
Os 25 passes longos de Matz Sels frente ao Bournemouth foram o máximo de um jogador do Forest esta época, o que diz muito sobre a mudança, tal como a estatística de 16,9% de bolas longas nesse jogo (o máximo sob Ange Postecoglou foi 8,5%).
Se Evangelos Marinakis esperava uma mudança imediata de sorte, terá de aguardar mais algum tempo.
Registo recente de Dyche não é animador
Isso porque, nos últimos 14 jogos de Dyche como treinador, a sua equipa não marcou em 10 deles. Além disso, tem a pior média de golos por jogo entre todos os treinadores com mais de 150 jogos na Premier League – 0,97 por partida, com 323 golos em 334 encontros.
Os anfitriões esperam, por isso, que os resultados recentes frente aos Red Devils se mantenham, já que venceram os últimos três jogos contra o United, embora não consigam quatro vitórias consecutivas desde 1910.
Duas derrotas recentes no City Ground também não são bom prenúncio para os visitantes, embora seja preciso recuar até entre 1965 e 1967 para encontrar a última vez que o United perdeu três jogos consecutivos fora frente ao Forest.
Nos últimos seis duelos diretos desde abril de 2023, ambos os clubes somam três vitórias cada e em quatro desses jogos foram marcados pelo menos dois golos.
Cunha e Mbeumo em destaque
Amorim também vai apostar em Matheus Cunha como possível decisor da partida, já que o brasileiro começa finalmente a mostrar o seu valor após um início discreto em Old Trafford.
O golo frente ao Brighton foi o primeiro em 16 jogos por clube ou seleção, e o sétimo de fora da área desde o início da época passada, mais do que qualquer outro jogador da Premier League em todas as competições.
Enquanto esteve no Wolves, marcou três golos e fez quatro assistências contra equipas que começaram a jornada nos lugares de descida, algo que o Forest também deve ter em conta.
Outro dado interessante sobre o United é que tem o maior número de remates enquadrados da Premier League esta época (47) e é segundo em remates totais (135). No entanto, a taxa de conversão de apenas 15% coloca-o como a 11.ª melhor equipa neste aspeto.
Se o pêndulo pender um pouco mais a seu favor na finalização das oportunidades, Amorim poderá finalmente deixar para trás os primeiros meses do seu mandato.
Forest precisa de resolver problemas no ataque
Os 85% de passes completos do Forest colocam a equipa como a quinta melhor da Premier League neste parâmetro e, com Elliot Anderson já a somar 680 passes esta época, é pena que os seus colegas do ataque não consigam replicar o seu nível.
Os modestos dois golos de Chris Wood fazem dele o melhor marcador do Nottingham Forest neste momento, cuja taxa de conversão de remates de 7% é a pior da divisão.
Se Dyche quiser provocar uma verdadeira mudança, e rapidamente, é evidente qual o setor que precisa de maior atenção.
Espera-se um grande jogo e, com ambas as equipas a concederem a maioria dos golos nos últimos 15 minutos, é provável que haja emoção até ao fim.
