Quando a época da Premier League começar, a 15 de agosto, terão passado apenas 33 dias desde a conclusão da final do Campeonato do Mundo de Clubes nos Estados Unidos. Efetivamente, será apenas um mês desde o final da campanha de 2024/25.
Alguns jogadores mal tiveram tempo de gozar as férias de verão antes de voltarem a enfrentar os rigores de mais uma época extenuante. Uma época que terminará com mais um torneio nos Estados Unidos - o Campeonato do Mundo de 2026.
Para os jogadores de elite, não há descanso nos dias que correm. Por isso, algumas equipas que não se qualificaram para o Mundial de Clubes, como o Barcelona, podem considerar isso uma dádiva, em retrospetiva.
Na reta final da campanha 2024/25, os blaugranas devem estar muito mais frescos do que alguns adversários.
Um jogador que esteve no recém-renovado Mundial de Clubes até ao último minuto do último jogo foi o gigante guarda-redes do PSG, Gianluigi Donnarumma.
Apesar de o italiano ter acabado por sair derrotado, pode estar satisfeito com o seu contributo global durante o torneio.
No futebol, a roda gira rapidamente e, mal terminou a competição, a questão do contrato do guarda-redes passou a ser o centro das atenções.
Donnarumma não vai renovar com o PSG
Isto porque Donnarumma termina contrato no final da próxima temporada e, aparentemente, recusou todas as ofertas de renovação com os parisienses, pois entende-se que o clube quer que ele aceite uma redução no salário, de 244.808 euros por semana.
Por isso, parece que o Manchester United está a estudar a possibilidade de trazer o italiano para Old Trafford.
Apesar de não ter futebol europeu para oferecer ao guarda-redes, é evidente que o treinador Ruben Amorim realmente não aprecia André Onana e está à procura de um substituto.
Uma das questões que pode travar qualquer acordo, antes de as negociações se tornarem mais sérias, é o facto de o camaronês receber apenas 120 mil libras por semana nos Red Devils, e se Donnarumma não quiser aceitar uma redução salarial de mais de 100 mil libras por semana, há um claro obstáculo pela frente.
Partindo do princípio de que as primeiras sondagens são favoráveis e que todas as partes estão dispostas a tentar ultrapassar o campo minado para chegar a um acordo, Ruben Amorim terá de ser muito persuasivo para que Donnarumma considere mesmo Old Trafford como o seu próximo destino.
Há muito considerado um dos melhores guarda-redes do mundo, o italiano fez 56 defesas nas competições nacionais em França durante 2024/25, com uma percentagem de defesas de 66,2% na Ligue 1 e 100% no Troféu dos Campeões de França.
Talvez surpreendentemente, Onana teve uma percentagem de defesas ligeiramente superior, de 66,9%, e tendo em conta que fez 90 defesas só na Premier League, é uma estatística impressionante quando comparada com a do seu potencial substituto.
A precisão é a chave
Apenas cinco socos afastaram o jogador do PSG, muito menos do que os 13 de Onana, que também largou a bola em duas outras ocasiões.
Ambos os guarda-redes têm um registo idêntico de 100% no que diz respeito a saídas de guarda-redes, mas mais uma vez é o guardião do Manchester United que pode reclamar as honras com 10 execuções perfeitas, mais duas do que Donnarumma.
A grande diferença está no número de golos concedidos e, tendo em conta que o PSG conquistou mais um título de liga, enquanto os Red Devils ficaram na metade inferior do principal escalão inglês, não é de admirar. Os 44 golos concedidos por Onana são, portanto, muito mais do que os 25 de Donnarumma.
À primeira vista, os adeptos podem não dar muita importância aos pontapés de baliza bem-sucedidos, mas quando se considera que um pontapé de baliza preciso pode muitas vezes ser o catalisador de uma jogada de golo, a conclusão do mesmo é vital.
Não há qualquer comparação aqui, já que o italiano executou com sucesso impressionantes 78 de 92 pontapés de baliza tentados. Onana conseguiu apenas 74 em 150.
Falta de confiança e erros prejudicam Onana
Os outros problemas que provavelmente farão com que o atual guarda-redes do United seja dispensado o mais rapidamente possível são a sua tendência para cometer erros gritantes e a falta de confiança que transmite à frágil linha defensiva dos Red Devils.
A presença de Donnarumma é óbvia, devido ao seu tamanho, mas é a confiança com que ele segura cruzamentos, agarra remates e encara os adversários no um contra um que o eleva acima dos seus contemporâneos.
Se o interesse do Manchester United chegou demasiado tarde para concretizar um negócio difícil, Ruben Amorim terá de escolher entre Onana e Altay Bayindir para a camisola.
Em ano de Campeonato do Mundo, este último poderá ainda querer deixar o Teatro dos Sonhos para cumprir o seu destino de representar o seu país (a Turquia) na competição do próximo verão - o que poderá dar ao United uma verdadeira dor de cabeça.
