Recorde as incidências da partida
Os Villans têm-se mostrado difíceis de bater em casa em 2025/26, com Unai Emery a conduzir a sua equipa a seis vitórias, um empate e apenas uma derrota nos oito jogos da Liga disputados perante os seus adeptos.
United sem perder há cinco jogos fora de Old Trafford
O United também seguia invicto em cinco partidas fora de Old Trafford, somando 12 pontos em 24 possíveis, sendo que a última derrota fora de portas tinha acontecido a 27 de setembro, frente ao Brentford.
O onze de campo do Villa manteve-se inalterado em relação ao último jogo no terreno do West Ham, com apenas o guarda-redes Emiliano Martinez a regressar ao lugar de Marco Bizot.

Ruben Amorim promoveu três alterações em relação ao onze que defrontou o Bournemouth, lançando Patrick Dorgu, Manuel Ugarte e Benjamin Sesko para os lugares do suspenso Casemiro, bem como dos suplentes Amad Diallo e Bryan Mbeumo.
Em cada um dos últimos seis jogos da Premier League em que Ugarte foi titular (entre abril e setembro), o United perdeu todos, o que já constitui a mais longa sequência de derrotas para um titular do clube na competição.
50.ª presença de Leny Yoro
A 50.ª presença de Leny Yoro pelos visitantes fez dele o primeiro defesa-central a atingir essa marca pelo United antes de completar 21 anos, desde Phil Jones em janeiro de 2013.
O antigo central do United, Victor Lindelof, tornou-se o primeiro jogador desde Danny Higginbotham em outubro de 2010 a celebrar a 200.ª presença na Premier League, precisamente frente ao United.
Apesar de os visitantes terem protagonizado o primeiro remate do encontro, por intermédio de Matheus Cunha, o Villa rapidamente iniciou a sua avalanche ofensiva com quatro remates em dois minutos, incluindo um ao ferro do melhor marcador, Morgan Rogers.
Matheus Cunha e Benjamin Sesko também tentaram a sua sorte, mas sem incomodar Martinez, seguindo a tendência das equipas adversárias só conseguirem concretizar 31% das grandes oportunidades frente ao Villa na Liga esta época (12/39).
Rogers fez levantar Villa Park
O jogo foi alternando de ritmo até ao intervalo, até que um momento de pura classe de Rogers fez levantar toda a Villa Park.
Entrando da direita do United, desferiu um remate em arco perfeito que só parou no ângulo superior.

Tendo em conta que o Aston Villa não perdeu nenhum dos últimos 18 jogos em que marcou primeiro na Premier League (desde a derrota por 1-2 frente ao Nottingham Forest, a 14 de dezembro de 2024), o cenário não era animador para os visitantes, que já tinham perdido quatro vezes após concederem o primeiro golo esta época.
A alegria, no entanto, durou pouco, pois um erro grave de Matty Cash permitiu a Matheus Cunha restabelecer a igualdade perante Martinez em tempo de compensação, o seu terceiro golo frente ao Villa em seis jogos da Liga.
Este foi também o 15.º golo dos Red Devils na primeira parte em 17 jogos, sendo apenas superados pelo Manchester City (21) em 2025/26.
Sem Bruno na segunda parte
Os Red Devils regressaram do intervalo sem o capitão Bruno Fernandes, que aparentava ter ressentido a parte posterior da coxa.
Foi apenas a terceira vez na sua carreira no United que saiu ao intervalo, depois de um jogo da Liga frente aos Spurs, em outubro de 2020, e de um encontro da Liga Europa frente à Real Sociedad, em fevereiro de 2021.

Muitos jogadores do Aston Villa mostraram-se mais disponíveis para o duelo físico após o intervalo, com Youri Tielemans a dar o exemplo nesse aspeto.
Foram disputados 13 duelos individuais, com oito ganhos, enquanto os sete duelos ganhos em dez tentados por Amadou Onana também dificultaram a tarefa dos visitantes em ultrapassar as linhas adversárias.
Réplica de Rogers
Perto da hora de jogo, Rogers assinou uma réplica do seu primeiro golo, ainda que de uma posição um pouco mais próxima. O segundo golo elevou para dez as suas contribuições diretas para golo esta época, não havendo nenhum inglês envolvido em mais.
Rogers tornou-se ainda apenas o segundo jogador do Aston Villa a marcar dois golos num jogo da Premier League frente ao United, depois de Andreas Weimann em novembro de 2012, além de ser o primeiro a marcar dois ou mais golos em jogos consecutivos do principal escalão pelo Villa, desde que Dion Dublin o fez em novembro de 1998 (três jogos seguidos).
Em abono do Manchester United, a equipa não se deixou abater e manteve o seu jogo de passes, obrigando os anfitriões a manterem-se atentos.
Luke Shaw destacou-se neste aspeto, realizando mais passes (10) para Matheus Cunha do que qualquer outro, exceto Ayden Heaven (11).
Matheus Cunha, Mason Mount e Patrick Dorgu criaram perigo na área dos anfitriões, com o primeiro a somar mais remates, tanto enquadrados como desenquadrados, numa fase em que o Aston Villa sentiu dificuldades para voltar a controlar o jogo.
Jack Fletcher faz história
A tarde pouco inspirada de Sesko levou à sua substituição precoce, dando lugar a Jack Fletcher, filho de Darren. A entrada do jovem Fletcher permitiu que, pela primeira vez, pai e filho representassem o clube na Premier League.
Mais de 40% da ação nos 15 minutos após a hora de jogo desenrolou-se no último terço defensivo do Aston Villa, sinal de que o United continuava a ameaçar ofensivamente; ainda assim, a linha defensiva dos anfitriões manteve-se coesa.
As duas interceções de Lindelof e a coragem de Ian Maatsen em colocar o corpo à frente nos momentos decisivos ajudaram a manter os visitantes afastados do golo até ao apito final.
Com esta décima vitória consecutiva em todas as competições, algo que não acontecia há mais de 100 anos, os anfitriões ficam apenas a três pontos do líder Arsenal, à entrada para o período festivo.

