O avançado de 27 anos chegou por empréstimo ao atual campeão da LaLiga, Barcelona, este verão, depois de ter dado por terminada a sua passagem pelo Manchester United. Dispensado por Ruben Amorim, é pouco provável que volte a jogar pelos red devils.
O Barcelona tem uma opção de compra de 34,4 milhões de euros no acordo de empréstimo, embora o salário de Rashford possa ser um obstáculo se o clube decidir exercê-la. O internacional inglês terá de provar que o merece antes de o clube, com dificuldades financeiras, decidir avançar com o negócio.
Então, como está o avançado a adaptar-se à equipa de Hansi Flick?
Adaptação a um novo sistema
Rashford chegou para reforçar um ataque que na época passada somou 94 golos e 46 assistências a caminho do triplete nacional. Raphinha e Lamine Yamal formavam, nessa altura, uma das melhores duplas do mundo.
Com Yamal a lidar com uma lesão persistente na virilha e Raphinha sem conseguir recuperar o nível da época passada, Rashford foi obrigado a adaptar-se rapidamente, e fê-lo com sucesso.
O inglês regista um golo ou assistência a cada 88 minutos nesta temporada, com quatro assistências e três golos em apenas 616 minutos disputados, embora a tentativa do Barcelona de revalidar o título da LaLiga esteja a deixar sensações algo frias.
O sistema de Flick exige o máximo dos seus jogadores, com uma pressão intensa e muito trabalho defensivo desde a frente. Rashford assumiu esse desafio, já tendo recuperado a posse de bola no último terço em quatro ocasiões, quando na época passada na Premier League só o conseguiu sete vezes.
Rashford não está a jogar de forma muito diferente dos seus primeiros tempos no Manchester United, aproveitando a sua velocidade para surpreender as defesas adversárias no contra-ataque e destacando-se nos duelos um contra um.
Nas suas oito aparições na LaLiga, Rashford já tocou na bola 50 vezes na área adversária, completou oito dribles com sucesso, criou 15 ocasiões e fez nove cruzamentos com êxito. O treinador alemão foi fundamental para que o clube apostasse em Rashford após o fracasso na contratação de Nico Williams, destacando a sua polivalência como um valor acrescentado para tentar recuperar a Liga dos Campeões. Para já, a aposta está a dar frutos.
Integração com os novos companheiros
Rashford parece ter causado boa impressão no balneário e já está a criar laços com os que falam inglês, enquanto continua a aprender espanhol. Jules Kounde já revelou qual foi a sua primeira impressão do avançado.
"Ele (Rashford) é um pouco introvertido, mas está a divertir-se muito e parece cada vez mais confortável. Acho que está feliz. Sorri muito. Parece contente em campo. Faz-me lembrar um pouco a mim próprio. Como falo inglês, tento ajudá-lo no que posso, mas acho que todos estão a fazer o mesmo."
O próprio Rashford falou recentemente ao jornal espanhol Sport sobre a sua integração no balneário, e confessou que lhe deram uma alcunha carinhosa. "Quando estão a brincar entre eles, chamam-me ‘docinho’”, contou.
"Não sei o que significa, mas acho piada quando me chamam assim. Eles sabem que estou a tentar aprender espanhol. Acho que é importante para mim aprender o mais depressa possível. Por isso é estimulante. Estamos sempre a aprender, e isso é positivo."
O que reserva o futuro?
O selecionador inglês Thomas Tuchel é um grande admirador seu. Recuperou-o para a sua primeira convocatória quando Rashford atravessava um mau momento no Aston Villa, e deu-lhe a titularidade nos dois jogos de qualificação para o Mundial em março frente à Albânia e à Letónia. Desde então, tem estado presente em todas as convocatórias.
Um lugar na convocatória para o Mundial do próximo ano já não parece tão distante como quando Rashford estava no United. Não seria estranho vê-lo brilhar na ala esquerda do outro lado do Atlântico.
Veredicto
Ainda é cedo, mas Rashford está a provar que muitos se enganaram a seu respeito. Ao longo da sua carreira, a falta de regularidade e o aparente desinteresse foram argumentos contra ele.
A maior incógnita é se o Barcelona conseguirá pagar a opção de 30 milhões de euros, mas no United estarão ainda mais interessados em libertar a sua massa salarial, sobretudo se não conseguirem qualificar-se para as competições europeias pela segunda temporada consecutiva.
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