Recorde as incidências da partida
A equipa de Ruben Amorim tinha a oportunidade de entrar, ainda que provisoriamente, no top quatro com uma vitória sobre o Wolverhampton, último classificado, em Old Trafford, no seu último jogo de 2025, mas não conseguiu garantir os três pontos.
O esquecido Joshua Zirkzee inaugurou o marcador aos 27 minutos, apontando o seu segundo golo na Premier League esta época, graças a um desvio infeliz em Ladislav Krejci. Curiosamente, soma agora o mesmo número de golos que o reforço de verão, Benjamin Sesko.
Krejci redimiu-se do lance, se é que se pode chamar erro, ao marcar de cabeça mesmo antes do intervalo, dando ao Wolves uma réstia de esperança. Patrick Dorgu, o herói da semana passada, ainda pensou ter garantido a vitória já perto do fim, mas o VAR anulou-lhe o golo.
O Wolverhampton soma agora três pontos em 19 jogos, pelo menos já parece que venceu uma partida, mesmo que continue sem qualquer triunfo.
Uma segunda oportunidade para Zirkzee?
O neerlandês parece destinado a sair do Manchester United na próxima janela de transferências de janeiro, apesar de Ruben Amorim alegadamente estar a insistir para que fique, mas talvez seria precipitado de ambas as partes.
Sesko tem sentido muitas dificuldades em adaptar-se ao clube. Há quem defenda que o United não está a potenciar as suas qualidades, já que o esloveno é um avançado que prefere jogar em transição do que de costas para a baliza, mas espera-se mais dele.
Zirkzee foi substituído ao intervalo pelo jovem da formação, e filho de Darren Fletcher, Jack Fletcher, mas fez uns sólidos 45 minutos. Conduziu bem a bola, fez dois passes para o último terço e venceu dois dos quatro duelos, tudo isto fora da sua posição habitual.
Sesko jogou os 90 minutos e mostrou-se ativo, mas mais um jogo sem golos não lhe trará confiança. Zirkzee merece nova oportunidade para liderar o ataque.
Reencontro amargo para Cunha
O brasileiro foi assobiado de forma constante pelos adeptos visitantes ao longo do jogo. Parece algo injusto, tendo em conta o que fez pelo Wolves na época passada: provavelmente estariam agora no Championship se não fosse Matheus Cunha.
No entanto, esteve longe do seu melhor. Na verdade, notou-se claramente que não estava em dia sim. Matheus Cunha, a jogar como número dez do United, não conseguiu criar uma única ocasião, não completou qualquer drible, perdeu a posse três vezes e tocou apenas por duas vezes na área adversária.
Foi, acima de tudo, um dia mau para Matheus Cunha; tem estado em bom plano desde que chegou ao United no verão, mesmo que não tenha sido tão eficaz como nos habituou. Certamente ficará frustrado por não ter conseguido calar os assobios.
Capitão Lisandro Martínez
O argentino já tinha assinado uma excelente exibição na vitória sobre o Newcastle, no seu primeiro jogo a titular após recuperar de uma lesão grave no joelho, e hoje voltou a estar ainda melhor frente ao Wolves. Tudo passou por Lisandro Martínez, que trouxe serenidade à defesa do United.
Martinez, a assumir a braçadeira de capitão na ausência de Bruno Fernandes, completou o maior número de passes (89), teve 103 toques, fez nove passes para o último terço e recuperou cinco bolas. Foi uma exibição de topo de um jogador que acaba de regressar de uma lesão séria.
O Manchester United apresenta-se muito mais sólido do que no início da época. Este resultado terá deixado muitos adeptos frustrados, e com razão, já que a equipa de Ruben Amorim deveria vencer o Wolves, mas ainda assim houve aspetos positivos a destacar, com a exibição de Lisandro Martínez à cabeça.
