O treinador do Nápoles revelou que concordou com o pedido do então capitão dos Blues, John Terry, para diminuir a intensidade das sessões de treino.
No entanto, depois de perder os dois jogos seguintes, decidiu manter-se firme, uma posição que mantém até hoje.
Também observou que os antigos companheiros de equipa da Juventus, Zinedine Zidane e Alessandro Del Piero, "treinaram muito mais intensamente" do que a equipa do Chelsea que conquistou o título da Premier League de 2017.
"Uma vez, o capitão do Chelsea (Terry) veio ter comigo para me pedir para abrandar o ritmo (de treino), para fazer menos sessões de vídeo", disse Conte ao Corriere della Sera.
"Concordei, sobretudo por respeito à sua cultura, à sua forma diferente de encarar o futebol. Quando se está num país diferente, é preciso ter cuidado para não causar demasiados problemas. Bem, perdemos dois jogos seguidos e arrisquei-me a ser despedido", acrescentou.
"Desde então, penso sempre que, se tiver de morrer em consequência das escolhas que foram feitas, tenho de o fazer à minha maneira, e não nas mãos dos outros. Este é o caminho. Confiar no processo, como se diz em Inglaterra", referiu.
"E quando me lembro da dureza dos treinos, sorrio. Zidane e Del Piero treinavam muito mais. Hoje, fazemos cerca de um terço do que costumávamos fazer. O trabalho tem de estar ligado aos resultados em campo. Já treinei equipas em que, após algum tempo, os próprios jogadores começaram a identificar situações de perigo. Para mim, isso significa que alcançámos o resultado certo", concluiu.