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Ainda assim, segundo os dados da Opta, o Villa tem apenas 5,3% de hipóteses de conquistar o título inglês pela primeira vez desde 1981, enquanto o Arsenal tem 68,7% e o City 24,7%.
"Simplesmente não são tão bons como o Arsenal e o City. Estão a fazer um excelente trabalho, atravessam um grande momento, mas não acredito que vão lutar pelo título," afirmou Wayne Rooney, antigo avançado do Manchester United e atual comentador da Sky Sports.
Rooney não é o único a pensar assim, mas a marca do Villa é difícil de ignorar. Se prolongarem a série de vitórias para doze jogos seguidos, os céticos ficarão sem argumentos.
O Villa, que soma 36 pontos em 17 jornadas apesar de não ter vencido nas cinco primeiras, visita o quarto classificado, o Chelsea, sábado e permanece na capital para defrontar o Arsenal três dias depois.
Será um teste enorme para as ambições do Villa, embora, segundo Morgan Rogers, autor dos dois golos na vitória por 2-1 frente ao Manchester United no domingo, a equipa não se sente intimidada.
"Confiamos todos uns nos outros, o treinador confia em nós e entramos em campo convencidos de que vamos vencer cada jogo", garantiu o internacional inglês.
Os mais céticos recordarão que o Villa tinha mais dois pontos nesta fase da época 2023/24 antes de perder fulgor e terminar em quarto, e que Arsenal e City têm muito mais experiência na luta pelo título. No entanto, ambos encaram o Villa como uma ameaça real.
Quando o City e o Liverpool atravessavam dificuldades no início da temporada, o Arsenal agarrou-se à liderança e parecia o grande favorito para conquistar o seu primeiro título desde 2003-2004.
Continua no topo, mas já se notam sinais de nervosismo. O facto de ter liderado a Premier League em quatro Natais sem terminar campeão é um peso que recai sobre Mikel Arteta.
O Arsenal recebe o Brighton no sábado antes do duelo frente ao Villa, e encerra o seu calendário natalício com uma visita ao Bournemouth.
O City, por sua vez, recuperou a melhor forma com sete vitórias consecutivas em todas as competições. A equipa de Pep Guardiola visita o Nottingham Forest no sábado, depois o Sunderland no Ano Novo, e depois recebe o Chelsea a 4 de janeiro.
Após ver a sua equipa voltar a carburar, Guardiola deixou claro que não quer distrações natalícias que desviem o grupo do objetivo, lançando um aviso ao estilo Grinch.
"Eles regressam no dia 25 e eu estarei lá a controlar quantos quilos ganharam, a ver se aparecem mais gordinhos", brincou.
Na parte inferior da tabela, os adeptos do Wolverhampton só pedem um presente debaixo da árvore: uma vitória.
Não viram nenhuma nas primeiras 17 partidas, e os Wolves somam apenas dois pontos, o pior início da história da liga inglesa. Ultrapassar o registo negativo de pontos do Derby County (11) em 2007/08 está longe de ser garantido, e as deslocações a Liverpool e Manchester United no Natal não trazem grande otimismo.
Um jogo em casa frente ao West Ham, que ocupa a 18.ª posição, no início de janeiro pode dar-lhes alguma esperança.
De forma pouco habitual, só há um jogo da principal divisão no Boxing Day esta época: o Manchester United recebe o Newcastle United. Mas depois, os encontros sucedem-se sem pausa numa autêntica maratona que pode alterar por completo a classificação da Premier League para o Ano Novo.