O jogador e o clube foram alertados para os regulamentos da FA depois de Guehi ter usado uma braçadeira com a mensagem manuscrita "I love Jesus (Eu amo Jesus)" no empate de sábado com o Newcastle (1-1).
Na terça-feira, o jogador de 24 anos usou uma braçadeira com a frase "Jesus loves you (Jesus ama-te)" durante a vitória do Palace por 1-0 sobre o Ipswich, mas os meios de comunicação social britânicos afirmaram na quarta-feira que a Federação Inglesa de Futebol ainda não iria tomar medidas.
O clube e o defesa inglês, que já falou anteriormente sobre as suas crenças religiosas, foram novamente recordados dos regulamentos relativos ao equipamento, que proíbem mensagens religiosas.
Os capitães têm usado braçadeiras arco-íris nas duas últimas rondas dos jogos da Premier League como parte da campanha Rainbow Laces, para mostrar apoio à inclusão LGBTQ no desporto.
A campanha, que a Premier League leva a cabo em parceria com a instituição de solidariedade Stonewall, chega ao fim com os jogos de quinta-feira da Premier League.
O treinador do Palace, Oliver Glasner, apelou à "calma" sobre o assunto após a vitória da sua equipa em Portman Road.
"Toda a gente agora se preocupa com a integração, sem discriminação e com Marc também. Ele tem a sua opinião e nós aceitamos e respeitamos todas as opiniões", disse.
A FA não se envolveu no caso do capitão do Ipswich, Sam Morsy, que optou por usar uma braçadeira de capitão padrão devido às suas crenças religiosas.
Apesar de Guehi não ter sido castigado, o seu pai John, um pastor da igreja, criticou a FA por ter emitido um aviso.

"Ele ofendeu alguém? Acho que não. Acredito no que a Bíblia diz, 'Jesus ama toda a gente', e, na minha opinião, Marc não ofendeu ninguém com o que escreveu", disse ao jornal Daily Mail.
"Marc disse que sim e fez a coisa certa ao usá-lo, mas as pessoas estão a gozar com ele. A Federação Inglesa de Futebol não se importa que o público cante "God Save The King" quando a Inglaterra joga, pois menciona Deus e a religião", continuou.
"E não se importam que o hino religioso "Abide With Me" seja cantado durante a final da Taça (FA), mas atacam o meu filho por expressar as suas crenças. Qual é o sentido disso? O que é que ele fez de errado?".
Um porta-voz da Stonewall disse: "Tem sido incrível ver tantas equipas de futebol, a todos os níveis, a apoiar a nossa campanha para tornar o desporto mais seguro e mais inclusivo para todos. Quando vemos os clubes mostrarem o seu apoio à inclusão LGBTQ+, isso ajuda as pessoas a sentirem-se seguras e bem-vindas dentro e fora do campo. Cabe aos indivíduos escolher se e como mostram o seu apoio à inclusão LGBTQ+ no desporto".