Pela primeira vez desde que o treinador português assumiu o comando técnico, há um ano, o Manchester United venceu três jogos consecutivos na Premier League, subindo para o sexto lugar da tabela.
A nomeação de Wilcox no ano passado foi uma das várias mudanças introduzidas após o bilionário britânico Jim Ratcliffe adquirir uma participação minoritária no gigante inglês.
O Manchester United terminou em 15.º lugar na Premier League durante a primeira época completa de Ratcliffe à frente das operações futebolísticas e ficou fora das competições europeias pela segunda vez em 30 anos.
No entanto, Wilcox vê sinais positivos, mesmo reconhecendo que haverá mais "obstáculos pelo caminho" na tentativa do clube de voltar a lutar pela conquista da Premier League e da Liga dos Campeões.
"Estamos a seguir na direção certa", afirmou Wilcox, numa entrevista aos meios de comunicação internos do clube.
"Temos um plano claro. Tenho a certeza de que vão surgir obstáculos, mas temos de garantir que mantemos a calma, independentemente do ruído exterior", acrescentou.
Após duas épocas sem presença na Liga dos Campeões, terminar entre os quatro primeiros para regressar à principal competição europeia é fundamental, tanto para o prestígio do United como para cumprir os regulamentos de sustentabilidade financeira.
Ratcliffe foi alvo de críticas por cortes drásticos, incluindo duas rondas de despedimentos, para equilibrar as contas do clube.
Mas o United ainda investiu 200 milhões de euros numa nova linha avançada composta por Bryan Mbeumo, Matheus Cunha e Benjamin Sesko no mercado de transferências.
Esse investimento começa a dar frutos, com Matheus Cunha a marcar o seu primeiro golo na vitória por 4-2 sobre Brighton no sábado, enquanto Mbeumo já apontou três golos nos últimos dois jogos.
"Para conseguirmos terminar entre os quatro primeiros e lutar de forma consistente por lugares na Liga dos Campeões, conquistar Ligas dos Campeões, vencer Premier Leagues, temos de investir no plantel", acrescentou Wilcox.
"Temos de contratar os jogadores certos. Jogadores talentosos, mas também capazes de lidar com a pressão e de fazer evoluir o grupo. Não se trata apenas de contratar talento de topo, é preciso que tenham o caráter certo e que possam acrescentar algo diferente à equipa", explicou o diretor do United.
A excelente forma de Mbeumo levanta uma preocupação para Amorim, já que o jogador deverá falhar grande parte do intenso período festivo do United devido à sua participação com os Camarões na Taça das Nações Africanas.
O marfinense Amad Diallo também poderá falhar até seis jogos da Premier League, incluindo um dérbi frente ao Manchester City, durante o torneio, que decorre de 21 de dezembro a 18 de janeiro.
"Vamos passar por algumas dificuldades, mas já sabíamos disso", disse Ruben Amorim.
"Outros jogadores vão ter a oportunidade de ajudar, estão a perceber a forma como queremos jogar. A mudança de características não vai alterar a ideia nem o momento da equipa, mas vamos aproveitar Amad e Bryan nestes jogos e depois veremos em janeiro", acrescentou o treinador português.