A lenda do Chelsea e ex-capitão de Inglaterra foi informada de que não tinha experiência suficiente, apesar de ter realizado três grandes entrevistas com clubes no ano passado. Ainda assim, sente que tem muito para dar ao futebol, uma vez que planeia continuar à procura de um cargo de direção.
O antigo jogador, de 44 anos, foi adjunto de Dean Smith no Aston Villa, mas deixou o clube em 2021. Alguns anos depois, em 2023, voltou a juntar-se a Smith no Leicester City, antes de regressar para treinar na academia do Chelsea. Desde então, não teve qualquer função de liderança e não conseguiu encontrar um emprego que lhe permitisse consolidar a sua reputação.
Terry falou das dificuldades que tem enfrentado e de como tem aproveitado a vida enquanto trabalha com jovens talentos na academia do Chelsea, mantendo-se atento a novas oportunidades.
"Quanto mais tempo passar, mais provável é que tenha de traçar um limite e dizer: 'Sabes que mais? Vou concentrar-me noutras coisas'. Fui capitão do Chelsea, fui capitão do meu país e conduzi essas equipas a muitos sucessos. Não sei porque é que ainda não tive uma oportunidade, sinceramente não sei", disse.
"Acho que os treinadores ingleses não têm as mesmas oportunidades. Somos muitas vezes ultrapassados por treinadores estrangeiros que dominaram ligas menos competitivas e, mesmo assim, conseguem oportunidades no Reino Unido e na Premier League", acrescentou.
"Já fiz entrevistas para clubes dos escalões inferiores e, quando recebi resposta, disseram-me que não tinha experiência suficiente, que os meus três anos no Villa não contavam. Adorei a minha passagem pelo Villa. Sinto que estou preparado. Sei que estou preparado. Já fiz todas as formações necessárias e vejo muito futebol. Tenho um bom equilíbrio na vida, estou num lugar feliz. Trabalho ao ar livre, passo tempo com a família e estou a colaborar em part-time com os miúdos do Chelsea. Por isso, tenho uma vida muito equilibrada", rematou.
Em última análise, é a falta de experiência de Terry, aliada à sua forte ligação ao Chelsea, que o tem impedido de avançar. Se quiser assumir um novo papel noutro clube e fazer crescer a sua carreira, talvez tenha de dar um salto de fé, deixar os Blues e candidatar-se a posições mais abaixo na pirâmide do futebol.