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Marco Silva e a derrota com o Fulham: "Newcastle motivado depois do que fizeram contra o Benfica"

Marco Silva no banco do Fulham
Marco Silva no banco do FulhamProfimedia

O treinador do Fulham, Marco Silva, ficou frustrado após a derrota frente ao Newcastle United.

Bruno Guimarães marcou aos 90 minutos e garantiu ao Newcastle a vitória por 2-1. Antes disso, Sasa Lukic tinha igualado o marcador depois do golo inaugural do Newcastle, apontado por Jacob Murphy.

Silva falou no final aos jornalistas.

"Jogo difícil, como é de esperar ao vir aqui a St James Park, uma equipa cheia de motivação depois da boa vitória e do bom jogo que fizeram na última terça-feira (contra o Benfica), e a realidade é que sabíamos que o início dos jogos aqui é sempre muito exigente. Eles tentam sempre começar com tudo, puxando pelo público, e os adeptos têm sempre um papel importante na forma como a equipa entra em campo. Sabíamos que tínhamos de ultrapassar esses momentos da melhor forma possível, conscientes de que a reação e a pressão seriam enormes sobre nós nesse período. Tiveram uma grande oportunidade num livre lateral muito perto da nossa área, uma segunda bola à qual devíamos ter reagido com mais força. Outro bom remate à entrada da área. Depois dos primeiros 10-15 minutos, começámos a estabilizar o nosso jogo. E sabíamos que, se conseguíssemos isso, seria complicado para eles. E conseguimos".

O treinador português destacou o ataque adversário.

“Sabemos que, se perdemos a bola, com Anthony Gordon, com Jacob Murphy e com um avançado (Nick Woltemade) muito forte a receber e a ligar com os médios, todas essas situações podiam ser perigosas, mas começámos a jogar de uma forma que nos deve deixar orgulhosos. Disse aos jogadores que, nestes jogos, temos de ser muito fortes coletivamente, e não vi diferença entre as duas equipas. Em muitos momentos, do ponto de vista coletivo, fomos superiores. Pela forma como dominámos o jogo, como conseguimos jogar no meio-campo ofensivo deles. Mas os jogos de futebol também se decidem por decisões individuais. Temos de fazer bem o básico, e fomos penalizados por dois momentos. Temos de dar mérito ao adversário, mas quando oferecemos dois golos como oferecemos, é difícil falar em mérito e não assumir a culpa. É isso, simples."

Na ótica de Marco Silva, a diferença de profundidade nos plantéis acabou por fazer a diferença.

No primeiro golo, o nosso defesa central tinha a bola sem qualquer pressão. Devíamos ter circulado a bola de um lado para o outro, atraindo a pressão. Tentámos contrariar a pressão, o que não é habitual na forma como nos preparamos, e fomos penalizados por isso. A reação da equipa foi muito boa, tenho de dizer. No final da primeira parte, sentíamos que tínhamos uma oportunidade com Raúl, outra boa com Emile. Bom canto em que o Raúl estava sozinho para empatar o jogo. E a reação na segunda parte foi no mesmo sentido. Marcámos um bom golo, novamente dentro da nossa identidade, dos nossos princípios, alternando bem o jogo de um lado para o outro, com os jogadores certos dentro da área. Fizemos isso muito bem, foi um excelente golo nosso. Depois do recomeço, ambas as equipas procuraram vencer. Eles igualaram-nos, nós igualámos. Começaram a arriscar mais também. Pressionaram alto, colocaram muita energia na linha ofensiva. Conseguiram trocar todos os três jogadores da frente. Conseguiram ainda colocar um jogador como (Sandro) Tonali no meio-campo. É a realidade deles, e a nossa neste momento é que podia ser uma oportunidade para nós, com Rodrigo ou com um dos dois extremos direitos, para refrescar a nossa linha da frente. Não conseguimos fazê-lo. Não estamos em condições de o fazer agora. Tentámos vencer, mudar um pouco o rumo com o Alex à direita, com Josh King e Tom Cairney para dar algum fôlego ao nosso meio-campo", concluiu.

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