A equipa de Pep Guardiola está a dois pontos do líder, o Arsenal, depois de ambos terem somado vitórias este fim de semana, embora com estilos bastante distintos. O Aston Villa de Unai Emery ocupa a terceira posição, apenas a três pontos dos Gunners, após alcançar a sua décima vitória nos últimos onze jogos.
AFP Sport destaca três pontos-chave que marcaram esta jornada.
Incerteza em torno de Salah
É difícil interpretar a situação de Salah depois de ter regressado como suplente na primeira parte pelo Liverpool na vitória por 2-0 frente ao Brighton no sábado.
O avançado egípcio, de 33 anos, acusou na semana passada os atuais campeões da Premier League de o terem "abandonado" depois de ter ficado no banco no empate 3-3 frente ao Leeds, o terceiro jogo consecutivo em que não foi titular.
Ficou fora da convocatória do Liverpool que viajou até Milão para defrontar o Inter a meio da semana, pelo que surpreendeu vê-lo de regresso frente ao Brighton.
Após o encontro, o treinador Arne Slot garantiu que "não há qualquer problema por resolver" com o avançado, cujo canto foi cabeceado por Hugo Ekitiké para o seu segundo golo. No entanto, Salah ainda não pediu desculpa publicamente e parece improvável que o caso esteja encerrado, já que agora o extremo parte para a Taça das Nações Africanas.
O antigo médio do Liverpool Danny Murphy considera que a situação ainda não está totalmente resolvida.
"Acho que essa solução de curto prazo apanhou todos de surpresa", afirmou: "Mas faz sentido se pensarmos bem, porque o clube é o mais importante e agora tudo vai parar durante algum tempo."
O Arsenal: sorte de campeão?
O Arsenal saiu ileso frente ao último classificado Wolves no sábado, conquistando uma vitória por 2-1 graças a dois autogolos.
Os Gunners dominaram a posse de bola, mas só conseguiram dois remates enquadrados num jogo sem grande intensidade, o que irritou o seu treinador, Mikel Arteta.
"Sabíamos que não ia ser um jogo fácil, mas complicámos ainda mais com o que fizemos e a forma como sofremos o golo, isso é inaceitável," declarou.
O Arsenal continua a ser o principal favorito a quebrar o jejum de 20 anos sem conquistar a Premier League, mas perder pontos frente aos Wolves teria sido um desastre, com o Manchester City à espreita.
O antigo defesa dos Gunners Martin Keown garantiu que voltou o "Arsenal com sorte".
"Se queres ser campeão, tens de ter sorte", disse à TNT Sports: "Em todas as equipas em que tive sucesso, em algum momento tivemos sorte, e o Arsenal pode respirar de alívio."
Acrescentou que é difícil desvalorizar a importância desta vitória.
"Acredito que todo o título passa por este jogo, pelo ambiente e pela emoção que se sente."
City mostra os dentes
O confronto de Guardiola na linha lateral com o treinador do Crystal Palace, Oliver Glasner, em Selhurst Park, expôs a sua frustração enquanto a sua equipa lutava para resolver frente a um adversário destemido.
O City adiantou-se com um cabeceamento do predador de área Erling Haaland, mas a astúcia tática de Glasner complicou bastante a tarefa dos rivais na luta pelo título.
Felizmente para Guardiola, a profunda e dispendiosa renovação do City desde janeiro começa a dar frutos e está a revitalizar uma equipa que caiu de forma surpreendente por 1-0 frente ao Palace na final da Taça de Inglaterra em maio.
O City teve de se aplicar a fundo para travar o Palace no domingo, mostrando o carácter e a tenacidade que lhe faltaram quando perdeu o título para o Liverpool na época passada.
Phil Foden assinou um valioso segundo golo antes de Haaland converter uma grande penalidade nos minutos finais, fixando o 3-0, garantindo assim a quarta vitória consecutiva do City na Premier League.
O exigente período natalício vai pôr à prova a nova solidez do City.
