Alexander Isak respondeu finalmente às críticas de quem o considerava um fiasco caro, enquanto os problemas de Thomas Frank aumentaram no Tottenham.
A AFP Sport destaca três pontos de interesse da jornada do fim de semana:
Chelsea mostra força
Depois de um duelo intenso com o Arsenal durante 94 minutos vibrantes em Stamford Bridge, o Chelsea saiu combalido, mas de cabeça erguida.
O treinador do Chelsea, Enzo Maresca, tinha garantido que a sua jovem equipa não era candidata ao título antes do confronto crucial com os Gunners.
No entanto, o Chelsea demonstrou que consegue enfrentar de igual para igual a equipa de Mikel Arteta, mesmo após a expulsão do médio dos Blues, Moises Caicedo, aos 38 minutos, devido a uma entrada dura sobre Mikel Merino.
No total, o Arsenal viu seis cartões amarelos e o Chelsea apenas um, recusando-se a ser intimidado pelo líder.
Chegaram mesmo à vantagem graças a um cabeceamento de Trevoh Chalobah na segunda parte, após um canto trabalhado que imitou a eficácia do Arsenal nas bolas paradas.
Apesar de Merino ter restabelecido a igualdade para o Arsenal aos 59 minutos, deixando o Chelsea, terceiro classificado, a seis pontos dos londrinos do norte, Maresca pôde retirar aspetos positivos de uma exibição determinada, que sugere que os Blues podem tornar-se candidatos ao título mais cedo do que se esperava.
"Acho que mostramos que estamos a seguir o caminho certo", afirmou o italiano.
"Estamos mais próximos. Vamos ver como estaremos em fevereiro e março, e depois avaliamos o nosso objetivo", acrescentou.
Isak faz-se notar
Alexander Isak deslizou de joelhos enquanto os jogadores do Liverpool corriam para abraçar o avançado sueco, cuja celebração do primeiro golo na Liga pelo novo clube foi marcada tanto pelo alívio como pela euforia.
Numa tarde gelada no leste de Londres, Isak mostrou finalmente o instinto goleador que levou o Liverpool a pagar um valor recorde britânico de 142 milhões de euros para o contratar ao Newcastle na novela de transferências do verão.
O avançado de 26 anos finalizou com frieza um passe de Cody Gakpo com um remate rasteiro de primeira, já dentro da área.
Após cinco jogos na Liga sem marcar, este foi o segundo golo de Isak pelo Liverpool e o primeiro em dez partidas, desde que tinha marcado frente ao Southampton, do segundo escalão, na Taça da Liga, em setembro.
"É muito importante para nós, enquanto equipa, termos chegado ao 1-0, mas penso que também foi importante para ele, porque foi a terceira ou quarta oportunidade que teve neste jogo", afirmou o treinador do Liverpool, Arne Slot.
Tanto Isak como Slot estavam sob pressão após uma série negativa de nove derrotas em 12 jogos em todas as competições antes da deslocação a West Ham.
Apesar das dúvidas persistirem devido à impressionante queda de rendimento do Liverpool após a conquista do título na época passada, este foi um passo na direção certa.
Frank sob pressão
Thomas Frank defendeu as suas opções táticas depois da derrota caseira por 1-2 frente ao Fulham, no sábado, que agravou o mau registo do Tottenham em casa em 2025.
O Tottenham sofreu dois golos nos primeiros seis minutos e a resposta de Mohammed Kudus não foi suficiente para evitar a quarta derrota dos londrinos do norte nos últimos seis jogos da Liga.
Foi uma semana dura para Frank, já sob críticas, depois de uma goleada por 4-1 frente ao rival Arsenal e de uma derrota por 5-3 no terreno do Paris Saint-Germain.
O Tottenham venceu apenas três dos últimos 13 encontros sob o comando de Frank, que tem sido alvo de críticas dos adeptos pelo seu estilo conservador desde que chegou do Brentford para substituir Ange Postecoglou, no verão.
"Claro que o plano de jogo ficou muito mais complicado depois do 2-0. Estávamos a recuar quando não devíamos, a jogar pelo meio quando não era o momento", explicou Frank.
"Tudo isso porque estávamos a precipitar-nos demasiado. Mas não estou preocupado, porque já vimos noutras ocasiões que conseguimos fazer muito melhor", acrescentou o treinador do Tottenham.