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Por isso mesmo, o encontro de sábado à noite, entre as duas equipas, ganha um significado adicional.
Spurs têm estado frágeis em casa
Apesar de terem vencido os dois últimos jogos da Liga dos Campeões disputados no Norte de Londres, batido o Brentford no Tottenham Hotspur Stadium e empatado com o Newcastle nas duas últimas receções para a Premier League, os Spurs não têm convencido perante os seus adeptos esta época.
As derrotas frente ao Fulham, Aston Villa, Bournemouth e Chelsea, bem como os empates com o Manchester United e com o Wolves (um dos apenas dois pontos conquistados pelos Midlanders esta época), não auguram nada de bom para os Lilywhites.
O Liverpool, longe de Anfield, permitiu três golos em Leeds, Brentford e Manchester City (duas derrotas e um empate), além de ter perdido em casa do Chelsea e do Crystal Palace.
Também os Reds têm conseguido melhores resultados na Liga dos Campeões, talvez nunca tanto como na mais recente deslocação, quando saíram de San Siro com um triunfo por 1-0 frente ao Inter de Milão.
Curiosamente, nos últimos 17 jogos fora de casa, o Liverpool ou concedeu dois ou mais golos (11 vezes) ou manteve a baliza inviolada (seis).
Três pontos são obrigatórios para ambos
Em termos de classificação antes do apito inicial, os Reds ocupam a 7.ª posição com 26 pontos, enquanto o Tottenham está em 11.º, com 22 pontos, apenas quatro acima do Nottingham Forest – que os derrotou na última jornada – no 18.º lugar.
Tendo vencido o Liverpool apenas por duas vezes nos últimos 25 confrontos diretos na Premier League (outubro de 2017 (4-1) e setembro de 2023 (2-1), com 17 derrotas pelo meio, e ainda tendo concedido pelo menos um golo em 25 dos últimos 26 jogos (incluindo todos os últimos 19), algo terá de mudar do ponto de vista dos anfitriões este sábado.

Sobretudo se tivermos em conta que, na época passada, os Lilywhites foram goleados por 6-3 e 5-1 pelo Liverpool de Slot, partidas em que os Reds somaram impressionantes 49 remates no total, embora nessa altura estivessem a jogar muito melhor do que atualmente.
Se os visitantes conseguirem marcar mais cinco golos no sábado, será a primeira vez desde o período entre setembro de 2012 e dezembro de 2013 (frente ao Norwich) que o Liverpool consegue marcar pelo menos cinco golos em três jogos consecutivos contra o mesmo adversário.
Até ao momento, nenhuma outra equipa na história da Premier League conseguiu tal feito.
O duelo com mais golos da Premier League
Com 206 golos marcados neste confronto – incluindo 21 nos últimos três jogos da liga, e pelo menos três em 14 dos últimos 16 encontros – o Tottenham - Liverpool mantém-se como o duelo com mais golos da Premier League.
Os adeptos dos Spurs também não precisam de ser lembrados de que a sua equipa concedeu pelo menos três golos em quatro derrotas na principal divisão esta época, sendo apenas superados por 2014 (seis jogos) e 1997 (cinco jogos) como os anos em que perderam mais vezes sofrendo pelo menos três golos.
Com 10 derrotas caseiras já em 2025, igualaram o pior registo de sempre (1994 e 2003) nesse aspeto. Se perderem mais uma vez, Thomas Frank ficará também com essa marca negativa associada ao seu nome.
O dinamarquês poderá argumentar que o Tottenham continua a lidar com várias lesões de jogadores-chave, algo que acabou por condicionar também Ange Postecoglou.
Tottenham depende de Richarlison
Muito irá depender, por isso, de Richarlison manter a boa forma frente aos Reds.
O brasileiro participou em mais golos (sete; quatro golos e três assistências) frente ao Liverpool do que contra qualquer outra equipa do principal escalão inglês, ainda que todos os golos que marcou aos Reds tenham sido em Anfield.
Os Lilywhites poderão também agarrar-se ao facto de terem vencido o Liverpool em Londres este ano, logo em janeiro, na primeira mão das meias-finais da Taça da Liga, embora o triunfo por 1-0 tenha rapidamente desaparecido na segunda mão em Anfield.
Alexander Isak acabaria por marcar o golo que ditou a derrota do Liverpool na final dessa competição e, agora, tenta relançar a carreira nos Reds após um início complicado.
Apesar de ter marcado seis golos em quatro jogos frente ao Tottenham, seria surpreendente ver Slot abdicar do inspirado Hugo Ektitiké para agradar a outros.
Pressão já se faz sentir
Sem Mo Salah, que partiu para representar o Egito na Taça das Nações Africanas, a frente de ataque dos Reds poderá contar com um Federico Chiesa muitas vezes esquecido, ao lado de Ekitiké.
Uma coisa é certa... a pressão vai aumentar sobre o treinador cuja equipa sair derrotada deste duelo.
Ambos já estão numa fase em que nem uma exibição positiva será suficiente se o resultado não for favorável.
O jogo é mesmo assim tão importante.

