Crystal Palace 0-1 Tottenham
Chegando à partida no meio de uma série de quatro jogos sem vencer (1 empate e 3 derrotas) em todas as competições, o Palace parecia determinado a recuperar a sua melhor forma contra os visitantes de Thomas Frank, que também estão em dificuldades. No entanto, apesar de um bom início de jogo para os eagles, tiveram sorte em não sofrer o golo aos 17 minutos, quando uma bela finalização de Richarlison ao segundo poste foi anulada por fora de jogo de Lucas Bergvall na jogada.

Agradecendo este alívio, os anfitriões continuaram a ameaçar no terço final do terreno, com Jean-Philippe Mateta a rematar rente ao poste, antes de o francês cabecear outra grande oportunidade por cima da barra. Justin Devenny e Adam Wharton tiveram outras oportunidades defendidas por Guglielmo Vicario, e os eagles foram punidos pela sua falta de pontaria pouco antes do intervalo, quando o cabeceamento inteligente de Richarlison foi desviado para o fundo da rede por Gray, marcando o primeiro golo do médio no futebol profissional.
O Palace começou a segunda parte com tudo, com Devenny a rematar inexplicavelmente por cima da baliza na pequena área após uma boa jogada de Yeremy Pino e Nathaniel Clyne. Os anfitriões continuaram a pressionar nos últimos 25 minutos, mas a falta de pontaria continuou a ser um problema, com Maxence Lacroix a cabecear para fora, de perto da baliza.
Depois de resistir a demasiada pressão, o Tottenham pensou ter desferido um golpe fatal aos 75 minutos, mas o golo de Richarlison foi anulado por fora de jogo milimétrico. Isto preparou um final fascinante, com o substituto Wilson Odobert a acertar na trave para os visitantes num desfecho de jogo de muitas ocasiões para ambos os lados. No final, a equipa de Frank manteve-se firme e terminou 2026 em alta, subindo para a 11.ª posição da Premier League.
Sunderland 1-1 Leeds
Os minutos iniciais da partida estiveram longe de ser um “clássico de Natal”, com os únicos lances polémicos a envolverem Joe Rodon, que foi atingido em duas entradas duras que passaram sem qualquer punição. A decisão de permanecer em campo, ainda a coxear, acabou por sair cara também ao Leeds, já que foi a sua incapacidade de chegar a tempo a Simon Adingra que permitiu ao extremo receber um impressionante passe em rotura de Granit Xhaka e finalizar em arco para o golo inaugural, aos 28 minutos.

Rodon foi rapidamente substituído após o golo e a entrada de Ao Tanaka ajudou a equipa de Daniel Farke a conquistar um canto, na sequência do qual Jaka Bijol apenas conseguiu rematar diretamente contra Robin Roefs. A melhor ocasião do restante primeiro tempo voltou a sorrir ao Leeds, cinco minutos antes do intervalo, quando um toque subtil de Dominic Calvert-Lewin deixou Brenden Aaronson em excelente posição. O remate do médio tinha o canto mais distante como destino, não fosse um corte de Trai Hume em cima da linha de golo.
A baliza do Sunderland parecia viver sob um encanto até ao intervalo, mas esse feitiço terminou apenas três minutos após o reatamento. Um rápido contra-ataque do Leeds deixou a defesa dos Black Cats completamente desorganizada e Aaronson aproveitou para assistir Calvert-Lewin, que finalizou com classe e tornou-se no primeiro jogador do Leeds a marcar em seis jogos consecutivos no principal escalão desde John McCole, em 1959/60.
A segunda parte foi, em grande medida, de sentido único em direção à baliza de Roefs, mas o Leeds teve dificuldades em aplicar o golpe final. Jayden Bogle desperdiçou a melhor oportunidade para colocar a sua equipa em vantagem, ao desviar para fora, junto ao poste mais distante, uma bola ressaltada.
A equipa de Farke não conseguiu transformar o seu domínio num golo da vitória e acabou por se contentar com um ponto. Ainda assim, tendo em conta que esse resultado aumentou para sete pontos a margem em relação à zona de despromoção, não foi propriamente um desastre. O Sunderland continua bem posicionado na luta pelas competições europeias, mas verá este jogo como uma enorme oportunidade desperdiçada.

