Liverpool 0-3 Nottingham Forest
O Liverpool, campeão em título, entrou com intensidade e quase marcou logo aos 10 minutos, num lance em que Cody Gakpo serviu Alexis Mac Allister a poucos metros da baliza, mas Elliot Anderson evitou o golo com um corte impressionante. Mohamed Salah também criou perigo numa jogada individual brilhante, ultrapassando três adversários antes de deixar Milos Kerkez em posição de finalização, mas o remate saiu por cima.
Apesar do domínio inicial dos reds, foi o Forest quem inaugurou o marcador, contra a corrente do jogo. Após um canto mal defendido pelos homens de Arne Slot, Murillo manteve a calma no meio da confusão e colocou a bola no canto da baliza. Igor Jesus ainda chegou a fazer o 0-2, mas o lance foi anulado por mão na bola.
A segunda parte prometia ser de sufoco para o Forest, mas foi a equipa de Sean Dyche que voltou a surpreender ao ampliar a vantagem. O ex-Liverpool Nico Williams criou o lance e Nicolò Savona finalizou com potência para o 0-2. Slot tentou reagir, lançando Hugo Ekitiké e retirando um defesa para reforçar o ataque, mas o Liverpool nunca encontrou soluções.
A falta de organização ofensiva acabou por ser fatal para os reds, que sofreram o terceiro a 12 minutos do fim: Omari Hutchinson rematou forte, Alisson defendeu para a frente e Morgan Gibbs-White aproveitou para estabelecer o 3-0. Anfield começou a esvaziar perante a mais pesada derrota caseira do Liverpool para o campeonato desde a chegada de Arne Slot.
Com esta vitória, o Nottingham Forest afasta-se da zona de despromoção, enquanto o Liverpool vê a defesa do título continuar a descarrilar. Para já, Dyche parece ser o homem certo para liderar a luta pela permanência.
Bournemouth 2-2 West Ham
Apesar do bis de Callum Wilson frente à sua antiga equipa, um golo tardio de Enes Ünal garantiu ao Bournemouth um empolgante empate 2-2 diante do West Ham no Vitality Stadium, um resultado que impediu os hammers de alcançarem a terceira vitória consecutiva na Premier League pela primeira vez desde dezembro de 2023.
O West Ham, orientado pelo português Nuno Espírito Santo, entrou melhor e adiantou-se logo aos 11 minutos, quando um lançamento longo de Alphonse Aréola apanhou Marcos Senesi desprevenido, permitindo a Wilson dominar no peito e finalizar com um remate rasteiro. Mais tarde, o avançado voltaria a marcar, desta vez com um excelente gesto técnico após um lance de bola parada, elevando para três o número de golos nos seus últimos dois jogos na liga.
O Bournemouth, que já vinha de duas derrotas pesadas antes da pausa internacional e não contou com o lesionado Antoine Semenyo, teve uma primeira parte difícil, apesar de maior posse de bola. No entanto, a reação surgiu no segundo tempo. Depois de Aréola negar o golo a Ryan Christie, os cherries reduziram aos 69 minutos através de um penálti convertido por Marcus Tavernier, após falta de Max Kilman sobre Evanilson.
Com o empate a ganhar forma, o Bournemouth intensificou a pressão e chegou ao 2-2 a nove minutos do fim. Aréola ainda defendeu o primeiro remate de Eli Junior Kroupi, mas nada pôde fazer perante a finalização subtil de Enes Ünal.
Fulham 1-0 Sunderland
Em grande forma na Premier League, os visitantes criaram as primeiras ocasiões por Wilson Isidor e Bertrand Traoré, obrigando Bernd Leno a uma defesa decisiva após erro da defesa londrina. O Fulham demorou a estabilizar, mas respondeu com duas boas oportunidades: Harry Wilson, em boa forma depois de um hat-trick ao serviço do País de Gales, atirou perto do poste, e Kevin também ficou perto do golo num contra-ataque.
O Sunderland voltou a entrar mais forte após o intervalo, ficando a centímetros do 1-0 logo nos primeiros segundos, num remate de Enzo Le Fée que saiu por pouco. O Fulham sentiu dificuldades nos minutos iniciais, e Marco Silva recorreu ao banco para dar novo impulso ao ataque, lançando Emile Smith Rowe e Samuel Chukwueze. A inspiração tardou, mas viria a surgir pelos pés do extremo nigeriano, que arrancou pela esquerda e serviu Raúl Jiménez com um cruzamento perfeito para o 1-0.
O golo trouxe alívio a Craven Cottage e acabou por ser decisivo. O Fulham soma agora seis vitórias nos últimos sete jogos em casa, aliviando a pressão sobre Marco Silva. Já o Sunderland cai para fora do top-4, com todas as suas derrotas na Premier League esta época a acontecerem fora de portas.
Burnley 0-2 Chelsea
O Burnley entrou melhor e dispôs de três ocasiões nos primeiros minutos, por Loum Tchaouna e Jaidon Anthony, mas todas foram travadas in extremis pela defesa londrina. O Chelsea apresentou-se tímido, sem ritmo, e quando se chegou à meia hora de jogo, um remate bloqueado de Pedro Neto era o único lance de relativo perigo junto da área dos clarets.
Trevoh Chalobah foi o primeiro jogador do Chelsea a obrigar Martin Dúbravka a intervir, embora o guardião eslovaco não tivesse dificuldades em defender. Só perto do intervalo a equipa de Enzo Maresca começou realmente a carburar: Kyle Walker evitou um golo certo de Jamie Gittens ao segundo poste, mas o jovem extremo não desistiu e, segundos depois, foi determinante no lance que desbloqueou o encontro. Gittens serviu Pedro Neto com um cruzamento perfeito para o segundo poste, onde o português surgiu nas costas da defesa para fazer o 1-0.
O Chelsea entrou muito mais perigoso na segunda parte, ainda que continuasse a revelar dificuldades na criação. Gittens esteve perto do 2-0 quando um remate desviado passou a rasar o poste, e o internacional português Pedro Neto voltou a ameaçar com um disparo que embateu no ferro pouco depois da hora de jogo. Burnley respondeu através de Zian Flemming, que atirou por cima em boa posição, o que levou Scott Parker a mexer na equipa com uma tripla substituição.
As mudanças, porém, não alteraram o rumo do jogo. O Chelsea manteve-se sólido e acabou por matar o encontro nos minutos finais: Marc Guiu ganhou o duelo físico com um defesa e serviu Enzo Fernández, depois de um passe soberbo de Pedro Neto, que só teve de empurrar para a baliza deserta e selar o 2-0.
A derrota adensa as preocupações do Burnley na luta pela permanência, enquanto o Chelsea ganha embalo para uma semana exigente, que inclui duelos frente a Barcelona e Arsenal.
