Nottingham Forest 2-2 Manchester United
O aniversário de um ano de Ruben Amorim no Manchester United coincidiu com a melhor fase do passado recente após três vitórias consecutivas, algo que não acontecia desde fevereiro de 2024. Com Bruno Fernandes e Diogo Dalot no onze, a equipa entrou com essa confiança e Sesko ameaçou a baliza dos Tricky Trees, que depois da estreia vitoriosa de Sean Dyche frente ao FC Porto (2-0), desceram à terra em Bournemouth (2-0).
A situação complicou-se para a equipa da casa quando Douglas Luiz foi obrigado a sair lesionado, aos 14 minutos, o que permitiu o crescimento dos red devils. No entanto, foi preciso esperar meia hora para a primeira ameaça real a Mats Selz, que travou o remate de Amad Diallo. Cinco minutos depois, no entanto, Bruno Fernandes levantou um canto para a pequena área, onde Casemiro subiu mais alto e inaugurou o marcador. Houve protestos dos adeptos da casa, porque não fica claro se a bola, de facto, atravessou a linha final antes do canto.
A primeira parte chegou ao fim sem grandes sobressaltos, mas o intervalo fez bem aos homens da casa. Sem alterações, a turma de Sean Dyche voltou de cara lavada, insistiu no estilo de jogo direto e foi recompensado com a reviravolta em apenas dois minutos! Aos 48', Ryan Yates teve espaço para cruzar e Gibbs-White apareceu nas costas dos centrais para restabelecer a igualdade.
Logo de seguida, ainda os adeptos festejavam o empate quando mais um cruzamento causou o pânico, Igor Jesus ganhou nas alturas a Yoro e De Ligt e o esférico sobrou para Nicolo Savona, que reagiu primeiro do que Dalot, para fazer a reviravolta.
Atarantado, o United demorou a reagir e a encontrar espaços num bloco cada vez mais baixo e compacto. Bruno Fernandes tentou surpreender do meio da rua com um remate rasteiro, mas acertou em cheio no ferro e a recarga de Casemiro saiu à malha lateral. O golpe anímico foi visível, dava até a sensação de que, com um pouco mais de confiança, o Nottingham poderia voltar a marcar e selar os três pontos.
Ruben Amorim foi ao banco buscar Dorgu e Mazraoui na tentativa de reanimar a equipa e foi recompensado num momento de inspiração de Amad Diallo, que fez um golaço num pontapé de ressaca à entrada da área a cerca de 10 minutos do fim, deixando tudo em aberto. Sesko apareceu em boa posição para fazer nova cambalhota, mas falhou o alvo.
Do outro lado, uma perda de bola de Shaw quase deitava tudo a perder valeu o bloqueio de De Ligt a travar o remate de Anderson. No último lance da partida, De Ligt cabeceou para a pequena área à procura de um companheiro, Selz afastou com uma mão, Diallo disparou com selo de golo, mas a defesa do Nottingham evitou a derrota em cima da linha de golo.
Burnley 0-2 Arsenal
O Burnley conhecia muito bem a ameaça que o Arsenal representava nas bolas paradas, uma vez que os gunners têm sido prolíficos nesse aspeto esta temporada, mas, nos primeiros 15 minutos, os Clarets sucumbiram ao que parecia inevitável.
Um canto batido ao segundo poste foi mantido vivo por Gabriel Magalhães, com a bola a cair na zona de Viktor Gyokeres que teve a tarefa mais fácil do mundo para cabecear para o fundo das redes dentro da pequena área. Talvez sem surpresas, a primeira parte foi de domínio absoluto do Arsenal, que só não aumentou a vantagem mais cedo porque Dúbravka fez uma grande defesa a remate de Saka.
Saka depressa se viu novamente em duelo com Dúbravka, mas mais uma vez foi o eslovaco a levar a melhor, fazendo uma bela defesa com uma mão para impedir o segundo. No ressalto, a tentativa de Leandro Trossard foi defendida em cima da linha por Axel Tuanzebe. Trossard não se deixou abalar pela deceção e, em vez disso, aproveitou o contra-ataque lançado por Gyokeres e canalizou a energia para criar o segundo golo, cruzando na perfeição para a área, onde Declan Rice apareceu de rompante para cabecear.
Com dois golos de vantagem, Arteta decidiu começar a fazer gestão, deixou Gyokeres ao intervalo e focou-se no controlo do jogo perante um Burnley que não ameaçava e só criou perigo aos 73 minutos. O cabeceamento de Estève ao segundo poste encontrou Florentino a poucos metros da baliza, mas o português não conseguiu manter a bola abaixo da barra.
Esta foi uma das poucas oportunidades que o Burnley teve durante toda a partida, e tiveram sorte em não sofrer mais, quando um endiabrado Ethan Nwaneri rematou colocado rente ao poste. No último lance da partida, o ex-Sporting Marcus Edwards ficou perto de pintar um quadro de livre direto, mas uma grande defesa de Raya segurou a baliza inviolada.
Este pode ser um dia monumental na corrida pelo título do Arsenal, que soma agora sete pontos de vantagem na liderança antes do jogo do Liverpool ainda hoje.
Fulham 3-0 Wolves
Com Toti Gomes no onze, o Wolves chegou a esta jornada sem conseguir manter a baliza a zeros na Premier League, e bastaram menos de nove minutos para que este jejum se prolongasse.
Santiago Bueno tentou intercetar um passe no meio, mas acabou por entregar a bola a Raúl Jiménez, que lançou Ryan Seessegnon em velocidade. O defesa levou a melhor sobre Sam Johnstone e abriu o marcador. O Fulham continuou a criar perigo no ataque, mas dois remates de Harry Wilson, que passaram perto do poste, foram a melhor chance da equipa para ampliar a vantagem na primeira parte.
A situação agravou-se para os Wolves 10 minutos antes do descanso, quando Josh King foi derrubado por uma entrada desastrada de Emmanuel Agbadou, que viu o vermelho direto. Um remate fraco de Jean-Ricner Bellegarde, com o marcador ainda em 0-0, foi a melhor chance da turma de Vítor Pereira até ao último lance da primeira parte, quando Jørgen Strand Larsen cabeceou diretamente para as mãos de Bernd Leno.
Tendo sofrido a maioria dos golos após o intervalo esta temporada, os comandados de Marco Silva estavam ansiosos por ganhar mais tranquilidade. Aos 62', o remate de Sander Berge à entrada da área foi bem travado, mas Wilson aproveitou o ressalto e, desta vez, acertou no alvo, rematando a bola ao canto inferior com um remate certeiro de primeira.
A primeira vitória de Marco Silva para o campeonato desde 20 de setembro ficou garantida a 15 minutos do apito final, quando um rápido contra-ataque pela esquerda resultou num cruzamento de Sessegnon para a área, que Yerson Mosquera desviou para a própria baliza. A equipa de Vítor Pereira acumula agora 14 jogos sem vencer no campeonato, considerando também a época passada, e soma apenas dois pontos no fundo da tabela.