Ipswich 1-2 Wolverhampton
O Wolves estava a fazer a sua primeira visita a Ipswich, na Premier League, em 41 anos, mas depois de testar a determinação da equipa da casa desde o início, com Alex Palmer a fazer duas boas defesas, os visitantes ficaram para trás. Liam Delap fez o 1-0 aos 16 minutos, depois de ter reagido muito bem a um cabeceamento de Dara O'Shea.
O Ipswich parecia ir para o intervalo com a baliza intacta, até que um lapso de concentração de Palmer fez com que um leve passe para trás passasse por baixo do seu pé, deixando o guarda-redes em pânico, que se esforçou para evitar que a bola cruzasse a linha de golo.
O Wolves teve um lance de falta indireta a seis metros de distância que provocou um silêncio nervoso nos adeptos da casa, mas que rapidamente se dissipou quando o remate à queima-roupa foi bem defendido pelo capitão Sam Morsy.
Depois de ter terminado bem a primeira parte, os Wolves continuaram a reagir no reatamento. Rodrigo Gomes, que estava a encontrar cada vez mais espaço à medida que o Ipswich se afastava, rematou de longe e Palmer bateu bem no poste, enquanto Vítor Pereira assistia ao domínio da sua equipa a partir das bancadas. A persistência do Wolves acabou por ser recompensada com um merecido golo de empate, depois de Jørgen Strand Larsen ter feito bem em manter vivo um ataque promissor e ter cortado a bola para o suplente Pablo Sarabia, à entrada da área, que manteve a compostura para encontrar uma via de remate antes de bater a bola no canto inferior.
O domínio dos visitantes era tal que o segundo golo parecia inevitável. Desta vez, foi Sarabia quem fez o passe para Strand Larsen, que, de primeira, mandou a bola para o fundo das redes e confirmou a reviravolta do Wolverhampton.
Com este último revés, apenas o lanterna Southampton conquistou menos pontos em casa do que o Ipswich, que tem o regresso ao Championship praticamente selado, com o Wolves a 12 pontos de distância, como a equipa imediatamente acima dos três últimos.
West Ham 2-2 Bournemouth
A derrota apertada com o Wolves, 17.º classificado, a meio da semana, não ajudou a levantar o ânimo no Estádio de Londres, onde os donos da casa tiveram bastante posse de bola, mas não criaram muita coisa na etapa inicial. A surpreendente derrota para o Ipswich na última jornada contribuiu para o mal-estar do Bournemouth e talvez tenha contribuído para um primeiro tempo bastante apagado. De facto, após meia hora de jogo, apenas três remates tinham sido feitos, nenhum deles no alvo.
A partida parecia caminhar para um empate sem golos, mas um remate de Antoine Semenyo forçou um erro de Alphonse Areola, que colocou a bola nos pés de Evanilson, que marcou o seu quinto golo em seis jogos em todas as competições.
O primeiro tempo terminou com Illia Zabarnyi a cabecear à trave na sequência de um canto - uma oportunidade que parecia dar o mote para a segunda parte, com o Bournemouth a manter o controlo. Os Cherries pareciam mais propensos a marcar o segundo golo do jogo, mas a entrada de Niclas Füllkrug, vindo do banco dos Hammers, mudou isso rapidamente. O alemão não demorou muito a impressionar, marcando de cabeça o primeiro golo desde janeiro, na sequência de um canto cobrado por James Ward-Prowse.
O momento era agora dos anfitriões e, apenas sete minutos depois de restabelecer a igualdade, estavam na frente graças a Jarrod Bowen, que subiu mais alto para desviar o cruzamento de Mohammed Kudus. A vantagem do West Ham durou apenas 11 minutos, até que Evanilson voltou a marcar, após um cabeceamento de Dean Huijsen. O final da partida foi emocionante, com as duas equipas a não baixarem os braços, mas a vitória acabou por não se concretizar.
Sem vencer há quatro jogos, é justo dizer que Graham Potter não teve o impacto desejado desde que assumiu o lugar de Julen Lopetegui em janeiro. Com 15 pontos de vantagem sobre a zona de descida, o West Ham não teme a despromoção, mas está em 15.º lugar e tem um longo caminho a percorrer para voltar a alcançar o topo da tabela. Quanto ao Bournemouth, o sexto jogo consecutivo sem vitória no campeonato deixa-o em nono lugar, com mais pontos perdidos a prejudicarem as suas aspirações de se qualificar para uma primeira campanha europeia.
