“O Wayne é um dos melhores jogadores que este país já viu, em termos de goleadores. Mas o meu problema com ele era o facto de estar a chegar ao fim da carreira e de regressar ao clube que amava, o Everton. Por vezes, custava-me muito tirá-lo de campo quando parecia cansado, mas acho que ele compreendeu isso bastante bem. Para a seleção de Inglaterra, o mais importante era que ele não jogasse", disse, em declarações ao podcast Tippy Tappy.
O treinador revelou ainda que, ao longo do tempo, percebeu a dimensão da pressão mediática sobre Rooney: “Com a imprensa, tive uma visão em primeira mão da pressão a que ele esteve sujeito durante toda a sua vida, por ser um jogador de classe mundial. A coisa mais difícil para um treinador é dizer a alguém como ele que acha que está a ter dificuldades em estar à altura desse nível de futebol, porque não vai aceitar. Eu próprio não aceitei. Mas, às vezes, é preciso tomar essa decisão.”
Allardyce confessou ainda um arrependimento relativamente ao estatuto de Rooney na equipa: “O Wayne, no Everton, era um líder. Arrependo-me de não o ter nomeado capitão logo de início. Devia ter dito ao clube: ‘Este é o Wayne. Ele adora o Everton, adora-o desde miúdo, por isso vai ser o capitão.’”