Quando a Roma recebe o Nápoles no Stadio Olimpico, a temperatura ferve sempre. Depois do duelo citadino com a Lazio e do duelo com a Juventus, de facto, o duelo com os partenopei é um dos que mais faz subir a tensão do lado dos Gallorossi da capital. Iguais no que diz respeito a títulos nacionais, as duas equipas que esta noite darão vida ao confronto que encerrará este domingo, há muito que estão envolvidas numa rivalidade que começa nas bancadas e acaba, claro, no relvado.
Historicamente na sombra das equipas do norte, a Roma e o Nápoles representam as únicas verdadeiras bolsas de resistência, um pouco orgulhosas e um pouco bairristas, que podem contar com alguma exposição mediática mesmo fora de Itália. A partida de hoje, nesse sentido, vê os Giallorossi a apostar no apoio incondicional dos adeptos da casa para fazer tropeçar a Azzurra, que vem de sete vitórias consecutivas e até agora destaca-se no topo da tabela.
Condottieri
O desafio mais emocionante, no entanto, parece vir dos bancos. Porque na frente da Roma destaca-se a figura do firme mas afável Claudio Ranieri, mais uma vez no comando da sua equipa favorita, para a tirar de uma situação infeliz. Na frente napolitana, por outro lado, um Antonio Conte vulcânico, que mesmo antes de chegar sob o Vesúvio se deu a conhecer pela sua raiva que leva a resultados importantes.
Sempre muito respeitosos um com o outro, Ranieri e Conte vão cumprimentar-se esta noite, antes de se defrontarem. Têm em comum um passado glorioso na Premier League, com o Testaccino a protagonizar a esplêndida e lendária prova com o Leicester na época 2015-15 e o salento a vencer no ano seguinte com o Chelsea. Ambos treinaram Juventus e Inter de Milão, embora com resultados diferentes, já que Conte triunfou e Ranieri viveu dois períodos de transição.
Esta noite, portanto, serão eles que terão de motivar os seus jogadores numa competição em que a Roma venceu sete jogos em casa em todas as competições, com 23 golos marcados e apenas três sofridos. Será um teste duro e árduo para uma equipa napolitana que, exatamente a um mês do confronto com o Inter, terá de provar que pode derrubar a tendência mais do que positiva dos Giallorossi perante o seu público. Um público em que o primeiro apoiante será o próprio treinador.
