Raúl de Tomás (30 anos) volta a ver a luz após deixar o Rayo Vallecano para embarcar numa aventura asiática no Catar.
"Estou muito feliz. Tenho muita vontade de me reencontrar, de me sentir futebolista... Algo que fui perdendo pouco a pouco nestes últimos anos. Esta é uma boa oportunidade para voltar a agarrar a ilusão, que era o que me faltava. Espero que seja um bom ano", disse, depois do primeiro contacto, numa entrevista concedida ao jornal As.
"Já conhecia a equipa técnica, mas descobri jogadores de muita qualidade e o clube tem uma grande estrutura. Isso motiva-me. Acertei ao vir para um dos melhores clubes do Catar. Oxalá este ano possamos alcançar um objetivo importante", acrescentou o novo avançado do Al-Wakrah.
Em seguida, transmitiu a sua devoção por Vicente Moreno. "Vicente é o treinador que melhor cuidou de mim e mais me valorizou. Só pela amizade que temos, foi muito fácil. Quando ele me ligou e conversámos, ficou claro para mim que a única pessoa com quem queria estar era ele", reconheceu.
Luzes e sombras em Espanha
RdT também comentou detalhes sobre a sua última passagem pelo Rayo.
"Muitas coisas externas não me ajudaram, mas eu também podia ter dado mais de mim e, por circunstâncias pessoais, não o fiz. Esse pedido de desculpa vai para aqueles que confiaram em mim, porque não consegui corresponder às suas expectativas. Sei que se esperava muito mais de mim e reconheço que não estive à altura nestes anos no Rayo. Só me resta pedir desculpa. Não posso dizer outra coisa", expressou.
Por fim, surpreendeu com uma confissão: "O Espanhol. Eu teria-me reformado lá e não o fiz porque chegou um treinador chamado Diego Martínez, que veio para me prejudicar. Esse tipo foi lá para me afastar. Não queria que eu estivesse lá, quando tinha sido Zarra, tinha ido à seleção e estava no melhor momento da minha carreira."