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A 15.ª jornada da Serie A coloca frente a frente duas equipas que vêm de derrotas pesadas. A Roma perdeu os dois últimos jogos do campeonato sem marcar qualquer golo. Dois deslizes consecutivos frente ao Cagliari e ao Nápoles que, no entanto, não abalam a solidez do setor defensivo: com apenas oito golos sofridos, a equipa giallorossa mantém a melhor defesa da Serie A. Já no ataque, subsistem muitas dúvidas em relação à Roma.
O Como, por sua vez, até ao 4-0 sofrido em San Siro diante do Inter, tinha consentido, no máximo, um golo por jogo nas primeiras 13 jornadas da Serie A, sinal de uma estrutura estável e, normalmente, difícil de ultrapassar. Este fator torna o encontro entre as equipas de dois treinadores experientes como Gian Piero Gasperini e Cesc Fàbregas especialmente interessante do ponto de vista tático.
No Olímpico, teremos um duelo entre duas equipas que partilham uma certa ousadia tática na pressão alta: o Como lidera em recuperações ofensivas (104), com a Roma a surgir - atrás também do Inter (101) e da Udinese (100) - com 97.
No entanto, esta abordagem não foi recompensada como os respetivos treinadores desejariam, já que apenas um golo foi gerado, para cada lado, a partir deste tipo de situações.
Análise dos golos
Este paradoxo estatístico leva a um confronto em que o primeiro golo pode ser determinante: nenhuma das duas equipas, de facto, foi alguma vez remontada depois de se colocar em vantagem.
Ao mesmo tempo, Roma e Como só conseguiram virar o resultado uma vez cada. Marcar primeiro, portanto, será fundamental.
O retrato geral mostra um Como que marca e sofre um pouco mais (19 golos marcados, 11 sofridos) e uma Roma mais contida no ataque (15 golos), mas extremamente sólida atrás (8). Ambas defendem bem nas bolas altas: apenas 1 golo sofrido de cabeça para cada uma.
A forma como são concretizados os remates vitoriosos diz muito sobre a identidade ofensiva de uma equipa. Neste aspeto, o Como marca 84,2% dos seus golos dentro da área, enquanto a Roma chega aos 80%. São duas equipas que constroem, associam-se e finalizam nos últimos 16 metros.
Poucos, por outro lado, os remates de longe que resultaram em golo (10,5% e 13,3%) e quase nenhuma eficácia em livres diretos: 5,3% para os lombardos, 0 para os giallorossi. A origem dos golos sofridos também é muito semelhante: Como com 72,7% de golos sofridos dentro da área, Roma com 75%.
O peso dos minutos
O Como acelera na segunda parte — 63,2% dos golos chegam após o intervalo — e tem dois picos bem definidos, o início (21,1%) e o último quarto de hora (26,3%). A Roma distribui os seus golos de forma mais equilibrada, marcando 53,4% nos quartos de hora centrais de cada parte, períodos em que ainda não sofreu qualquer golo.
Na vertente defensiva, surgem impulsos e fragilidades espelhadas: a Roma sofre sobretudo nos minutos finais (37,5%) e no primeiro quarto de hora (25%), precisamente quando o Como mais marca. Os lombardos, por sua vez, pagam o preço mais alto na primeira meia hora, com 54,6% dos golos sofridos. Ou seja, o início do jogo pode ser um momento de rutura numa partida que se antevê de ritmo elevado desde o apito inicial.
Números "10" frente a frente: Dybala vs Paz
A comparação das últimas épocas dos dois "números 10" de Roma e Como revela uma diferença surpreendente no impacto que têm nas respetivas equipas. O peso específico dos dois jogadores está invertido: o Como depende da presença de Nico Paz, enquanto os bons resultados da Roma parecem estar ligados à ausência de Paulo Dybala. Duas trajetórias opostas, que se tornam a chave narrativa deste encontro.
Nico Paz tornou-se o pilar em torno do qual gira o Como: 49 presenças em 52 jogos de campeonato nas últimas duas épocas. As três partidas sem ele parecem quase um teste negativo: um empate (33,3%), duas derrotas (66,7%), 0,7 golos marcados e 2 sofridos, média de 0,3 pontos.
Com ele em campo, o cenário muda por completo: 38,8% de vitórias (nada mau para uma equipa que não luta pelo título), derrotas reduzidas a menos de um terço dos jogos (30,6%), 1,3 golos marcados, 1,2 sofridos e uma média de 1,5 pontos. É bastante evidente, portanto, como o equilíbrio, a produção e até a personalidade da equipa estão ligados à sua presença.

Do outro lado, Paulo Dybala protagoniza o pior arranque da sua carreira na Serie A: apenas um golo nas primeiras 14 jornadas, algo inédito para ele. Nas duas últimas épocas, a sua regularidade foi afetada por constantes problemas físicos que limitaram a 34 as suas presenças (em 52 jornadas de campeonato).
No seu caso, os números mostram uma realidade pouco animadora: sem ele, a Roma vence 72,2% das vezes (13 triunfos em 18 jogos), marca mais (1,5) e sofre muito menos (0,6), com uma excelente média de pontos: 2,3. Quando está presente, a equipa abranda: 47,1% de vitórias, 35% de derrotas, 1,3 golos marcados, 0,9 sofridos e uma média de 1,6 pontos.
E se no caso de Paz a amostra é mínima (apenas 3 ausências), no do seu compatriota (18) já se pode falar, sem dúvida, de uma tendência. Preocupante.
