Arrigo Sacchi também admitiu que o técnico Sérgio Conceição pode ter de sair como parte da reforma.
"Este AC Milan não é uma equipa. Digo isso com pesar, porque vocês sabem o quanto eu amo esse clube, mas infelizmente não dá para fugir das evidências. Em Bolonha, havia onze jogadores espalhados pelo relvado, sem nada que os mantivesse juntos, sem um jogo, sem uma ideia", afirmou à La Gazzetta dello Sport.
"Nesta altura, só nos resta uma coisa: outra revolução. Na esperança de que, neste caso, seja feita com sabedoria e seguindo as regras de ouro que são a base da construção de uma equipa", acrescentou.
Sobre Sérgio Conceição, Sacchi também admitiu que pode ser necessária uma mudança.
"Não creio que o clube veja um futuro com ele, mas essa é a minha impressão. Como observador externo e amante de Milão, chamo a atenção para algumas coisas: no verão, os rossoneri queriam um treinador, Lopetegui, que foi rejeitado pelos adeptos. Mudaram para Paulo Fonseca. Compraram cinco jogadores estrangeiros. Depois mandaram o Fonseca embora, levaram o Conceição e contrataram mais cinco jogadores. O resultado é o mesmo: o AC Milan nunca se tornou uma equipa", defendeu Arrigo Sacchi.
Sobre a próxima época, o antigo treinador tem as suas preferências para a sucessão a Sérgio Conceição.
"Estou a pensar em (Maurizio) Sarri ou (Antonio) Conte. Também gosto do (Marco) Baroni, da Lazio, e estou a seguir o crescimento do (Cesc) Fàbregas com atenção e curiosidade. O importante é que venha um treinador que dê um estilo de jogo claro", assumiu.