Recorde as incidências da partida

O Cruzeiro entrou com tudo e protagonizou uma verdadeira avalanche ofensiva nos minutos iniciais, impondo um ritmo intenso e sufocando a equipa pernambucana.
A Raposa acertou nos ferros por duas vezes: primeiro, após defesa incompleta de Kauã Moraes, num remate de primeira de Matheus Pereira; depois, num chuto cruzado de Gabigol que embateu no travessão de Gabriel Vasconcellos.
Mas o futebol tem uma máxima conhecida: quem não marca, sofre. E o Sport, de forma surpreendente, conseguiu apanhar a defesa mineira descomposta, num excelente lançamento de Matheusinho para Derik Lacerda.
O avançado do Sport aproveitou a hesitação de Cássio, que saiu da baliza de forma precipitada, fintou o guarda-redes e finalizou com classe para abrir o marcador. A bola ainda tocou no poste antes de entrar.
O golo abalou o Cruzeiro, que por pouco não sofreu o segundo, novamente por Derik Lacerda, que apareceu isolado frente a Cássio e tentou uma cavadinha, mas a bola acabou por embater no travessão.
Gabigol empata, mas o dia não foi azul
No segundo tempo, o técnico Leonardo Jardim, que já havia perdido Matheus Henrique nos primeiros 45 minutos, foi forçado a substituir Jonathan Jesus por João Marcelo. Na mesma alteração, optou por abrir de vez a equipa, retirando o médio defensivo Lucas Silva e lançando o extremo colombiano Sinisterra.

Sob intensa pressão, o Cruzeiro conseguiu chegar ao empate, após uma assistência precisa de Matheus Pereira para Gabigol, que marcou o seu 13.º golo da temporada - o sexto no Brasileirão.
A partida transformou-se numa autêntica troca de ataques nos minutos finais, com o resultado a poder cair para qualquer um dos lados. O Sport ainda ameaçou com Barletta, mas o marcador manteve-se inalterado: um empate que não satisfaz nenhuma das equipas.
Com este resultado, o Cruzeiro vê-se agora mais distante dos líderes, Palmeiras e Flamengo. A equipa mineira soma 52 pontos, com um jogo a mais do que os dois rivais diretos, ambos com 55.
O Cruzeiro chega assim ao terceiro jogo consecutivo sem vencer, acumulando uma derrota e dois empates. Mais uma vez, a equipa desperdiçou oportunidades frente a um adversário da parte inferior da tabela, um enredo repetido, em que a superioridade inicial não se traduz em eficácia, e a falta de concentração acaba por custar caro.