Ênio foi admoestado por protestos aos 26 minutos da primeira parte. Os operadores detetaram um volume anormal de apostas a indicar que o jogador receberia um cartão, ultrapassando os 10% do total apostado no jogo — valor muito acima dos 3% normalmente tolerados pelas empresas.
A informação sobre o alerta de manipulação foi divulgada pelo portal ge.globo, que também apresentou um relatório da IBIA (Associação Internacional de Integridade em Apostas Desportivas), confirmando a suspeita dos operadores.
Segundo esse relatório, uma das casas de apostas revelou que 99% das apostas no mercado de cartões foram colocadas em Ênio, com apenas 1% destinadas a outros jogadores. Já noutra plataforma, as apostas no jogador suspeito representaram 90% do volume total apostado no encontro.
A IBIA identificou ainda que três dos apostadores envolvidos estão impedidos de participar em apostas. Tratam-se, alegadamente, de atletas, o que agrava a situação, visto que a legislação proíbe jogadores, árbitros, dirigentes e membros da equipa técnica de realizarem apostas.
Os relatórios foram enviados pela CBF ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ao Ministério Público, para investigação.
O Juventude, de Ênio, volta a entrar em campo este sábado (dia 5), frente ao Botafogo. O avançado não foi convocado para o jogo, uma vez que estará em negociações para uma possível transferência para o estrangeiro.