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CBF apresenta plano de Fair-play financeiro: Tecto de 70% da receita e controlo de dívidas

Helder Melillo, diretor executivo da CBF, é o relator do GT de Fair-Play Financeiro
Helder Melillo, diretor executivo da CBF, é o relator do GT de Fair-Play FinanceiroJUNIOR SOUZA / CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou esta terça-feira as diretrizes do plano de implantação do Fair-play financeiro, que deverá entrar em vigor oficialmente em janeiro de 2026. O projeto foi detalhado no último dia de debates promovido pela entidade, em evento realizado com dirigentes de clubes das Séries A e B.

O novo modelo procura equilibrar as contas do futebol nacional e promover sustentabilidade financeira entre os clubes. Entre as principais medidas, está o limite de gastos com folha salarial e contratações, que não poderá ultrapassar 70% da receita total até 2029.

Outro ponto fundamental é o controlo do endividamento de curto prazo, que não poderá superar 45% da receita anual das agremiações. As equipas também deverão quitar novas dívidas com credores relevantes até janeiro de 2026, enquanto as pendências antigas precisarão ser resolvidas até novembro de 2025.

O sistema prevê uma série de punições graduais em caso de incumprimento, que vão desde advertências e multas até sanções mais severas, como proibições de transferências, perda de pontos, despromoção e até cassação de licença de clube.

Além disso, o regulamento incluirá regras específicas de controlo financeiro para clubes que entrarem em recuperação judicial ou firmarem acordos coletivos com credores, a partir de 30 de abril de 2026.

O documento ainda poderá passar por ajustes finais antes da apresentação definitiva, marcada para 26 de novembro, em São Paulo. Com o novo modelo, a CBF pretende alinhar o futebol brasileiro a padrões internacionais de gestão, semelhantes aos aplicados pela UEFA na Europa.