Aos 26 anos, Royal sofreu uma lesão na panturrilha em janeiro deste ano e não entra em campo desde então. O lateral foi liberado para voltar aos relvados em maio, mas não teve oportunidade na reta final da temporada no Milan.
"Estou 100% recuperado. Mas sim, eu preciso de um tempinho, curto, mas preciso para essa adaptação, melhorar a parte física. Sou um jogador que dependo muito da minha parte física, mas tenho uma genética muito boa. Vou trabalhar forte, o máximo que puder, para estar em campo o quanto antes", afirmou.
O brasileiro voltou ao país para ocupar a vaga deixada por Wesley, que se despediu do Flamengo nesta semana para assinar com a Roma. Emerson elogiou o jovem atleta e reconheceu que tem uma grande responsabilidade em assumir a lateral rubro-negra.
"Tenho experiência, rodei por grandes clubes. Tenho grandes responsabilidades, mas também tenho consciência das minhas qualidades. Os adeptos brasileiros tiveram pouco contato comigo, mas tenho uma força física boa, tenho uma chegada no ataque boa e, principalmente, uma intensidade para marcar. Raça, vontade e chegada no ataque não vão faltar aqui no Flamengo", garantiu.
Emerson assinou com o Rubro-Negro até o fim de 2028 após 26 jogos no AC Milan, sem golos ou assistências. Com passagens por clubes como Betis, Barcelona e Tottenham, o jogador esclareceu a motivação por trás do regresso ao Brasil.
"Eu tinha outras propostas para continuar na Europa. Saí daqui muito cedo, com 20 anos. Muita gente disse que eu ia regredir na carreira ao voltar para o Brasil, mas muito pelo contrário. O Flamengo é um clube enorme, um dos maiores do mundo. Por onde eu passei, todo o mundo conhece o Flamengo", declarou o jogador.
"Eu estou no meu país, como saí muito cedo, não mostrei muito do meu futebol. Sempre sonhei em poder fazer isso. Venho com mais experiência para ajudar o Flamengo a conquistar coisas e, obviamente, tenho na cabeça voltar para a Seleção", afirmou.
O lateral tinha negociações avançadas com o Besiktas, da Turquia, antes de fechar com o Fla. Apesar da concorrência, Royal exaltou o projeto do clube carioca e a dedicação que a diretoria teve em trazê-lo ao Brasil.
"Toda a gente sabe que eu estava em negociações com o Besiktas e tinha tudo encaminhado, viagem comprada. O meu empresário estava lá em casa, é meu grande amigo, e falou da proposta do Flamengo. Passaram-me o projeto e foi tudo muito rápido. Da noite para o dia tudo aconteceu", relembrou Royal.
"Quando recebi a proposta, não foi pelo dinheiro, nem nada, mas pelo projeto que tenho aqui. Sem dúvidas resolvi aceitar porque tenho uma oportunidade muito grande de vestir a camisola do Flamengo, que é algo que sempre sonhei na minha vida", contou.
Seleção
Royal acumula convocatórias para a Seleção Brasileira desde 2019, quando Tite o chamou pela primeira vez aos 20 anos de idade. Uma expulsão em 2022, num empate (1-1) contra o Equador, na 15.ª jornada da qualificação para o Mundial, tirou o espaço do jogador na equipa.
Quando questionado, o lateral comentou o ocorrido, mas espera uma nova oportunidade agora que está ainda mais perto do radar da Seleção.
"Estamos a falar da Seleção. É uma exigência muito grande. Há coisas que não podem acontecer, e aconteceram comigo. Como jogador é normal, há vezes que acertas, vezes que erras. Eu errei em 2022 e tive oportunidade depois também. Ver grandes jogadores como Alex Sandro e Danilo, que vieram da Juventus e puderam voltar ao Brasil, chama minha atenção. Sei que tenho potencial para fazer parte da Seleção", destacou.