O médio Nicolás De la Cruz, do Flamengo, foi libertado pelo clube para viajar ao Uruguai para ficar ao lado da família neste fim de semana. O jogador teve o seu nome envolvido numa polémica recente sobre a sua condição física.
Nesta semana, foi tornada pública uma mensagem de José Luiz Runco, então chefe do departamento médico do Flamengo, afirmando que o jogador tem uma "lesão crónica e irreparável no joelho direito, além de lesão no joelho esquerdo".
Na conversa num grupo de WhatsApp, Runco afirmou que De la Cruz foi comprado "sem condição" pela gestão anterior do clube, afirmando que a sua venda aconteceria somente se outro clube tivesse interesse que não fosse competitivo.
A notícia causou mal-estar no clube, que optou pela demissão de Runco. O médico regressou ao Fla no início deste ano, quase uma década após encerrar a sua passagem de 34 anos no clube. Também trabalhou por 16 anos na seleção brasileira.
A atual condição física de De La Cruz já o impediria de enfrentar o Atlético-MG no encerramento da 17.ª jornada do Brasileirão, no domingo, no Maracanã. Esta situação facilitou na decisão do clube de libertá-lo após os dias conturbados, com a informação a ser divulgada pelo jornalista Venê Casagrande. O regresso do uruguaio está marcado para segunda-feira. A exposição da sua situação fez o jogador considerar colocar um processo judicial a Runco.
"Entendemos que ele teve um primeiro semestre muito bom. Só que, depois de uma lesão traumática no mês de maio, ele teve esse período de paragem maior. Isso fez com que optemos por retirá-lo dos próximos jogos, fazer um trabalho especializado para que ele consiga ter um desempenho bom", afirma Luiz Macedo, médico do Flamengo.
De la Cruz tem vindo a sofrer com problemas físicos desde que chegou ao clube, em 2024, contratado ao River Plate.
