Recorde as incidências da partida
"Acho que muitas coisas aconteceram, não vale a pena relatar porque vocês viram", começou por dizer o treinador do conjunto de Belo Horizonte.
"Até chegar aqui à sala duas ou três pessoas disseram-me 'bem-vindo ao Brasil', mas eu estou tão frustrado... a alegria que tenho tido com os adeptos, o grupo fantástico que tenho no Cruzeiro, depois penso se vale a pena continuar quando na realidade não somos nós que controlamos os jogos. Isto é uma balança e o peso da frustração está quase a igualar o da satisfação. Vim para usufruir do jogo, da paixão que têm pelo futebol. Não quero isto para mim, porque eu gosto de controlar o jogo, eu gosto que o papel dos jogadores seja o responsável dos resultados dentro de campo", prosseguiu.
Leonardo Jardim partilhou ainda uma conversa que teve com Gabriel Barbosa (Gabigol) sobre o futebol brasileiro.
"Hoje (ontem) de manhã eu estava com o Gabriel, e ele perguntava se o Brasil está no top-5 das minhas experiências internacionais. Eu disse não. Não estou aqui para puxar o saco de ninguém. Enquanto um grupo de profissionais estiver a ser gerido ou arbitrado por um conjunto de amadores, enquanto não houver relvados iguais, um sindicato de jogadores forte para defender os interesses dos atletas do calendário, enquanto não houver essas coisas todas, não vamos entrar no top 5. Temos talento, temos emoção, temos os fãs mais espetaculares com quem trabalhei, os torcedores como vocês dizem, mas sinceramente não sei se tudo isto vale a pena", completou.
