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Diretor executivo da Serie A sobre o Milan-Como na Austrália: "Serve para reforçar o futebol italiano"

Nico Paz e Theo Hernández disputam a posse de bola
Nico Paz e Theo Hernández disputam a posse de bolaMARCO LUZZANI / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

A Liga italiana quer expandir fronteiras. A Serie A confirmou que o duelo entre Milan e Como será disputado na Austrália, numa decisão que pretende reforçar a projeção internacional do campeonato. O diretor executivo, Luigi De Siervo, garante que a medida faz parte de uma estratégia de crescimento global e apela à compreensão dos adeptos.

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“Pequenos sacrifícios para um benefício a longo prazo, como fazem a NBA e a NFL”, justificou De Siervo.

“A Volta a França começou em Florença, o Giro d’Italia começa frequentemente no estrangeiro. Isto é feito para reforçar o produto, não para o enfraquecer. Espero que os adeptos, que se preocupam com o futuro do futebol italiano, compreendam que estes pequenos sacrifícios trazem benefícios a médio e longo prazo.”

À margem da Assembleia da Liga, realizada no Estádio Olímpico, o dirigente voltou a defender a opção de levar o futebol italiano além-fronteiras.

“A NFL ou a NBA jogam vários encontros no estrangeiro. Isto é uma questão de respeito pelos adeptos, que sofrem com a distância, mas que são efetivamente globais. A UEFA respondeu dizendo que é contra, mas aceitando a excecionalidade do evento. Estamos a falar de um unicum e acreditamos que, se o futebol não seguir este caminho de forma ponderada e com rotações, levando a sua marca para fora, arrisca-se a perder terreno em relação a outros desportos”, sublinhou De Siervo.

Serie A com 20 equipas

A redução da Serie A para 18 clubes continua fora dos planos. Luigi De Siervo, diretor executivo da Liga italiana, afastou a possibilidade de diminuir o número de participantes no principal escalão, defendendo que manter as 20 equipas é essencial para preservar o equilíbrio económico e desportivo da competição.

“Será que a ideia de uma Serie A com 18 equipas desapareceu? Para as três grandes ligas - a inglesa, a espanhola e a italiana -, a ideia de continuar com 20 equipas convence-nos neste momento. Porque, se baixássemos para 18, perderíamos cerca de 20% dos eventos desportivos, bem como uma forma de representatividade também ligada às grandes cidades e aos grandes territórios. Entraríamos mais rapidamente na lógica da compressão dos valores e dos interesses dos campeonatos nacionais em relação às grandes competições europeias”, sublinhou o número um da Liga.

“Tivemos o mérito e a sorte de, nos últimos anos, permitir que as equipas italianas chegassem longe nas competições europeias, mas não é certo que isso vá acontecer sempre. Imaginem só se todas as expectativas dos nossos adeptos fossem colocadas apenas nas taças europeias, onde, durante anos, como sabem, não alcançámos os resultados que merecíamos e esperávamos.”