Recorde as incidências da partida
Luciano Spalletti comentou aos microfones da DAZN a derrota por 2-1 da Juventus frente ao Nápoles no Maradona: "Eles foram mais intensos, nós estivemos mais tímidos. Fizeram-nos correr, são uma equipa forte e em boa forma: obrigam-te a andar pelo campo porque têm força e também qualidade".
O técnico dos bianconeri explicou também a opção de jogar sem avançados de raiz na primeira parte: "Tentámos uma abordagem diferente para ganhar maior conhecimento: tanto Yildiz como Conceicao sabem trocar a bola, Locatelli recuou demasiado e não manteve a posição no meio-campo, ficámos sempre atolados porque não conseguimos impor a superioridade no centro".
Com um avançado de referência, o desempenho foi melhor: "Na segunda parte estivemos melhor, conseguimos jogar homem a homem, mas eles têm qualidade para inverter rapidamente a jogada em campo aberto. Depois do golo, conseguimos controlar mais o jogo, mas continuámos a fazer coisas demasiado previsíveis, sem arriscar para tentar algo mais. É preciso evoluir e rapidamente, caso contrário torna-se complicado".
O treinador mantém-se, no entanto, otimista: "Na minha opinião, podemos fazer melhor do que hoje, demos-lhes uma quantidade incrível de bolas. Se não fores tu a comandar, acabas por ser passageiro dos outros, que tomam decisões e tu tens de te adaptar. Em cada bola parada, eles fazem um bloqueio, não conseguimos encontrar as contramedidas. Basta comunicar e ajustar nesse momento. Talvez lhes tenhamos facilitado demasiado, mas são decisões que se tomam no momento e o resultado depende da escolha que fazes".
"Openda custou 45-50 milhões, também tem de dar mais"
Na conferência de imprensa, voltou a abordar as escolhas da primeira parte e explicou porque tirou Yildiz, que naquele momento era o melhor em campo pela Juventus: "A ideia era fazê-los jogar entre os três defesas deles, tendo mais um médio para gerir o eventual pressing homem a homem. Yildiz, colocado no centro, tinha sempre um adversário nas costas e não conseguiu mostrar-se como sabe — e nós não fomos capazes de o colocar nas melhores condições".
Sobre a substituição do turco, esclareceu que foi apenas uma troca normal e não houve qualquer problema físico: "Há uma semana perguntavam-me se ele devia descansar. Coloquei Openda, que custou 45-50 milhões: também ele tem de dar mais. Marcou e pode oferecer-nos muito, mas se a equipa precisa dessas arrancadas e intuições, também ele tem de aumentar o contributo".
O treinador explicou ainda o pouco tempo de jogo de Zhegrova, que quando entrou conseguiu criar dificuldades ao Nápoles: "Não há qualquer problema pessoal, mas vem de uma paragem longa. É um jogador devastador nos últimos 15 metros, mas esta semana sentiu algumas dores e ficou fora dos treinos. Precisa de tempo para voltar ao ritmo alto: gostaria de o utilizar mais, mas tem de recuperar a forma".
Locatelli: "Temos de fazer melhor do que isto"
No pós-jogo, também falou o capitão da Juventus, Manuel Locatelli: "O treinador pediu-nos para trocar a bola e assim ter superioridade, mas eles pressionaram bem, cometemos erros que não se podem cometer. Temos mesmo de fazer melhor do que isto. Sabemos em que posição estamos e que é preciso melhorar, porque somos melhores do que isto. Temos de somar pontos, no fim as palavras valem pouco".
Como capitão, assumiu responsabilidades: "São responsabilidades que o capitão tem de assumir, tenho de tentar dar o exemplo e explicar com palavras porque perdemos, embora o que realmente conta seja o que se faz em campo".
