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Maurizio Sarri defende Rabiot e critica o futebol italiano: "O dinheiro não justifica tudo"

Maurizio Sarri e Adrien Rabiot nos seus tempos de Juventus
Maurizio Sarri e Adrien Rabiot nos seus tempos de JuventusMARCO BERTORELLO / AFP

O treinador da Lazio, Maurizio Sarri, comentou a polémica AC Milan-Como na Austrália e denunciou o excesso de fisicalidade na Serie A. Depois, o golpe: "As segundas equipas matam a Serie C e o bairrismo."

"Rabiot tem razão, o dinheiro não justifica tudo. A resposta foi feia, tal como a evocação do aspeto económico. Rabiot podia responder que o dinheiro nem sequer seria recebido pela liga se ele não fosse lutar todos os domingos", disse Maurizio Sarri, treinador da Lazio, aos canais oficiais do clube, voltando a falar da polémica De Siervo-Rabiot e do adiamento para Perth do jogo entre a equipa de Allegri, o AC Milan, e a de Fabregas, o Como.

Falando do futebol italiano em geral, Sarri sublinhou que "em Itália está a ser estabelecida uma forma de jogar muito física, joga-se homem a homem e certos tipos de contacto por vezes não são apitados, outros são apitados e sem penalizações."

"No dérbi um jogador adversário fez cinco faltas em dez minutos, todas elas sem cartão amarelo, mas contra o espírito e o jogo de futebol. Como árbitro, após três faltas, teria advertido. Este ano estamos a jogar menos tempo efetivo do que nos anos anteriores, algo tem de ser feito, quer a nível da arbitragem, quer a nível do tempo efetivo", denunciou o treinador.

Por fim, uma comentário sobre a seleção italiana: "Com todos os problemas que estou a viver neste momento na Lazio, preocupo-me pouco com a seleção nacional - é uma confissão sincera -. Falamos muitas vezes da preparação dos jogadores, mas pergunto-me frequentemente o que fazemos para os preparar. Jogamos um campeonato primavera em campos ignóbeis com 150 espectadores, depois se tivermos de jogar perante 50 mil espectadores no Olímpico temos dificuldades e isso é normal. Não concordo com as equipas secundárias, é a morte do futebol da Série C e do bairrismo. Acho que o Foggia prefere jogar com o Bari do que com a Atalanta sub-23."