“Não sei se o clube preparou algo, e se o fez, é justo que não me contem”, comentou Ranieri em conferência de imprensa. “Subir aquelas escadas do Olímpico vai além de tudo. Ver o estádio cheio significa que a equipa está a tentar dar o melhor de si, e os adeptos, mesmo nas dificuldades, continuam ao nosso lado".
Ao falar sobre a importância dessa despedida, Ranieri destacou o seu vínculo pessoal com o clube e a cidade: “Ser romano e romanista faz a diferença. Talvez outro não tenha essa sensação que eu tenho. Quando era das equipas de formação, o meu coração batia forte só de ver quem jogava”.
Apesar do marco expressivo de 500 partidas, o técnico prefere manter os pés no chão.
“Claro que estou contente com essa conquista, mesmo que não seja algo a que eu preste muita atenção. São coisas que talvez eu vá rever daqui a um mês, quando tiver tempo para olhar para trás e ver o que fiz”.
Sobre o futuro, Ranieri foi direto ao falar da construção de um novo projeto: “Vamos montar uma equipa que será motivo de orgulho para os adeptos. Uma Roma competitiva para o topo na próxima temporada? Desde que cheguei, deixei claro: teremos duas janelas de transferências com restrições, então tentaremos errar o mínimo possível. Muitas vezes não vence o mais forte, mas quem consegue construir algo sólido”.
Ranieri também citou o exemplo da Atalanta: “Jogamos de igual para igual contra uma equipa que foi construída em nove anos. Dá vontade de dizer que já estamos no mesmo nível, mas não é assim. Lançamos as bases e, passo a passo, construiremos uma equipa que orgulhará os nossos adeptos”.
Por fim, deixou uma reflexão sobre o que está por vir: “O mercado está sempre cheio de possibilidades. Vamos tentar dar o nosso melhor para oferecer uma equipa competitiva. Mas é fundamental manter a base, a mentalidade, tudo o que foi construído este ano. Este é um grupo sério, comprometido, que joga em equipa. São jogadores que se ajudam mutuamente, e por isso, não podemos errar nas próximas contratações", concluiu o técnico.