A procuradoria da Federcalcio abriu um processo sobre o caso das mais-valias da Roma. Esta decisão foi tomada após a acusação do Ministério Público de Roma contra o antigo presidente dos Giallorossi, James Pallotta, e cinco dos seus antigos dirigentes (Fienga, Baldissoni, Gandini, Francia e Malknecht).
A investigação do Ministério Público Federal está ainda numa fase inicial, não tendo o procurador Giuseppe Chiné ouvido ainda ninguém da antiga ou da atual direção.
21 milhões de euros
De acordo com o Sport Mediaset, os promotores romanos, que acusam Pallotta e seus ex-colaboradores de falsa contabilidade e violação da Lei Consolidada de Intermediação Financeira com implicações nos orçamentos de 2020 a 2022, a questão diria respeito à contabilidade de ganhos de capital (entre 2018 e 2020), calculados em 60 milhões de euros quando deveriam ter sido apenas 39.
Entre as operações observadas estão a compra de Spinazzola e a posterior venda à Juve de Luca Pellegrini (para a defesa, são operações não relacionadas), a transferência de Naingollan para o Inter em troca de Zaniolo e Santon, a compra de Cristante à Atalanta e a transferência de Tumminiello para a equipa de Bérgamo, a venda de Manolas ao Nápoles com a chegada de Diawara aos Giallorossi e, por fim, o negócio com o Sassuolo para a aquisição de Defrel em troca de Marchizza e Frattesi.
"Nesta altura", explica a Mediaset, "não é uma conclusão precipitada que haverá uma saída para o clube Giallorossi, uma vez que, tal como já aconteceu no julgamento de 2022, que envolveu a Juventus, Génova, Parma e Sampdoria, entre outros, os clubes foram absolvidos em primeira e segunda instância porque o valor atribuído a um jogador seria relativo.
Como explica La Gazzetta dello Sport, de facto, "para provar o dolo seria, portanto, necessário demonstrar a intenção de inflacionar os valores do balanço com determinadas provas, como escutas telefónicas, apreensão de documentos ou confissões. Aspectos que não devem ser excluídos, mas dos quais poderemos ter mais certezas no encerramento das investigações previsto para o final de abril".